USO DE EQUIPAMENTOS ANALÓGICOS, DIGITAIS E SCANNER LASER NA ESTIMAÇÃO DE VARIÁVEIS DENDROMÉTRICAS
Nome: MILLENA DUARTE MACHADO
Data de publicação: 29/06/2023
Banca:
Nome | Papel |
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CARLOS PEDRO BOECHAT SOARES | Examinador Externo |
ADRIANO RIBEIRO DE MENDONCA | Examinador Interno |
GILSON FERNANDES DA SILVA | Presidente |
Resumo: Os inventários florestais são procedimentos cruciais na obtenção de informações qualitativas e quantitativas acerca da composição, estrutura e condição das florestas nativas ou plantadas, e no processo de gestão e tomada de decisões em empresas florestais. As variáveis mais mensuradas em um inventário florestal são o diâmetro à 1,30 m do nível do solo (D) e a altura total (H) das árvores, por serem mais fáceis de serem obtidas e, se tratando de florestas plantadas de eucalipto para produção de madeira, são importantes para o estudo de crescimento, na quantificação do volume, biomassa e carbono, além de servir como indicadores de qualidade produtiva de um local. O estudo foi dividido em dois capítulos, sendo o primeiro com o objetivo de avaliar a acurácia de um Scanner Laser Portátil (PLS) combinado com um sistema de Mapeamento e localização Simultâneos (SLAM) para identificar a posição de árvores de Eucalyptus grandis estimar o diâmetro à 1,30 m do nível do solo (D) e a altura total (H), e, a acurácia dessas estimativas em diferentes densidades de nuvem de pontos. O segundo capítulo tem como objetivo avaliar a acurácia dos hipsômetros Suunto e Haga e do PLS-SLAM para estimação de altura total em relação ao valor de referência, obtida pela estação total. O estudo dos dois capítulos foi realizado em um talhão contendo 71 indivíduos de Eucalyptus grandis localizado em Jerônimo Monteiro, Espírito Santo. No capítulo um, todos os 71 indivíduos do talhão tiveram seus D e H mensurados com auxílio da suta para estimar o diâmetro e estação total para a altura, e, também foi realizado uma varredura com o PLS-SLAM na área. Posteriormente, a nuvem de pontos obtida com o PLS foi processada com o intuito de se extrair as estimativas de D e H das árvores analisadas, em cinco diferentes densidades de pontos, 36.000, 1.000, 500, 100 e 10 retornos.m-2, além disso, para a variável H realizou-se o processamento de forma manual e automática. No capítulo dois, comparou-se as estimativas de altura total realizadas com o hipsômetro Suunto, hipsômetro Haga e o PLS-SLAM por meio do processamento automático e manual, com as medidas de referência estimadas com a estação total. Em ambos os capítulos, a acurácia dessas estimativas foi avaliada por meio da raiz do erro médio (RMSE) e o viés relativo e absoluto. Aplicou-se a estatística F de Graybill (1976) para testar a similaridade das variáveis, e a correlação entre os dados foi avaliada pelo coeficiente de correlação de Pearson (r). Como principais resultados, no capítulo um, observou - se que nuvens de pontos de até 100 retornos.m-2 produziram resultados com acurácia satisfatória para D e H, e que, a degradação da nuvem de pontos tendeu a reduzir a acurácia das estimativas do D e de H. E no capítulo dois, constatou -se que o PLS- SLAM por meio do processamento manual foi significativamente mais acurado em estimar H do que o processamento automático e os hipsômetros Suunto e Haga.