INDICADORES DO MANEJO FLORESTAL EM ÁREAS SOB REGIME DE CONCESSÃO NA AMAZÔNIA DERIVADOS DA TECNOLOGIA LASER AEROTRANSPORTADO

Nome: QUETÍLA SOUZA BARROS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 15/03/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANO RIBEIRO DE MENDONÇA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANO RIBEIRO DE MENDONÇA Orientador
ERIC BASTOS GORGENS Examinador Externo
FABIO GUIMARÃES GONÇALVES Examinador Externo
GILSON FERNANDES DA SILVA Examinador Interno
MARCUS VINICIO NEVES D’OLIVEIRA Coorientador

Resumo: Este trabalho teve como objetivo geral propor e avaliar a aplicabilidade de indicadores do Manejo Florestal de Impacto Reduzido (IR), levantados com uso da Tecnologia Laser Aerotransportado (LiDAR) em áreas sob regime de concessão de exploração na Amazônia. Foram estudadas cinco Unidades de Produção Anual (UPAs) na Unidade de Manejo Florestal (UMF) III. Esses locais foram sobrevoados pelo LiDAR em 2014 e 2015 (UPA 5). Para cada UPA foram confeccionados Modelos Digitais de Terreno (MDT), de superfície (MDS) e de Altura do Dossel (MDAD). Os indicadores propostos foram: árvores dominantes e codominantes, detecção de clareiras, impactos no sub-bosque, Perfil Vertical do Dossel (PVD), Áreas de Preservação Permanente (APP) e Restritivas. As árvores dominantes e codominantes foram localizadas pela reclassificação do MDAD, com remoção de alturas inferiores a 30 m.
A redução da área de copa causada pela exploração seletiva, foi observada pela subtração da proporção de árvores dominantes e codominantes antes e após a exploração. As clareiras no dossel foram delimitadas, com limiar de altura de cinco metros e dimensão de 10 m² e observadas as alterações antes e após exploração. O delineamento dos impactos no sub-bosque foi feito com base na confecção do Modelo de Densidade Relativa (MDR), com resolução de um metro. Foram confeccionadas zonas tampão para quantificar os impactos da extração seletiva pelas infraestruturas e clareiras de árvores. Os parâmetros γ e β do PVD para cada estrato foram obtidos da nuvem de pontos normalizada, com janela de 50 metros, pela função Weibull 2 parâmetros. As APPs foram calculadas em três abordagens: i) em campo pela empresa concessionária, por dados LiDAR: ii) vetorização manual e iii) segmentação
automática. Foram feitos buffers de 30 metros em torno dos cursos d’água e 50 metros das nascentes. As áreas restritivas foram consideradas como locais com inclinação igual ou superior a 15%. Houve uma redução de 3,95% na ocorrência de copas mais altas no dossel após a exploração. Os valores de λ foram mais elevados na UPA 1 (2,34), com histórico de exploração mais antigo. Os maiores percentuais de área com clareiras (3,44%) e de coeficiente de Gini (0,42), foram encontrados na UPA 5 em 2015, logo após a exploração. As UPAS 4 em 2014 e 5 em 2015 apresentaram os maiores impactos no sub-bosque (15,73 e 17,10%). As médias dos parâmetros γ e β do sub-bosque e da copa, não foram correlacionadas a 5% com fatores da exploração
seletiva (tempo, intensidade de corte, impactos, área amostrada, coeficiente de Gini e γ). Os indícios de impactos da exploração nas APPs (0,01 a 0,03%) e restritivas (0,05%) podem ser considerados baixos. A exploração seletiva não causou grandes alterações no dossel. Houve visível redução dos impactos no sub-bosque após dois anos da exploração. Não houve exploração em APPs e áreas restritivas. Os indicadores derivados do LiDAR propostos mostraram potencial para monitoramento de áreas manejadas na Amazônia.

Palavras-chave: Exploração de Impacto Reduzido; Floresta Amazônica;
Sensoriamento remoto; LiDAR.

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