CUSTO DE PRODUÇÃO DE MADEIRA EM TORA E DEFINIÇÃO ÓTIMA DE UNIDADES DE PRODUÇÃO ANUAL EM FLORESTAS NATIVAS NA AMAZÔNIA

Nome: CATHERINE CRISTINA CLAROS LEITE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/07/2017
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
GILSON FERNANDES DA SILVA Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
ZENOBIO ABEL GOUVÊA PERELLI DA GAMA E SILVA Coorientador
DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI Examinador Externo
ADRIANO RIBEIRO DE MENDONÇA Examinador Interno
GILSON FERNANDES DA SILVA Orientador
LEONARDO JOB BIALI Suplente Externo

Resumo: O presente estudo abordou o manejo florestal sustentável (MFS) na Amazônia brasileira. O primeiro capítulo teve como objetivo quantificar o custo de produção de madeira em tora, posta em serraria, no estado do Acre. Foram coletados dados relacionados ao preço da terra florestal, da matéria-prima, da elaboração e execução de planos de manejo, das atividades inerentes à exploração florestal e do transporte da madeira em tora até a serraria. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas e aplicação de formulário. O custo de produção foi calculado para florestas manejadas a 50 km, 100 km e 150 km da cidade de Rio Branco, áreas estas incluindo ou não a instalação e medição de parcelas permanentes (PP), como também, a aplicação ou não de tratos silviculturais pós-exploratórios. Calculou-se o custo de produção para um ciclo de corte de 25 anos. Quantificou-se o valor presente líquido (VPL) das atividades do MFS, nas taxas de juros de 6% a.a., 8% a.a., 10% a.a. e 12% a.a. Identificou-se a margem de comercialização da madeira em tora, posta em serraria. Concluiu-se que, para uma área de manejo localizada a 50 km de Rio Branco, com ou sem PP, a atividade é viável em termos econômicos. Com o acréscimo de tratos pós-exploratórios, a produção de madeira em tora a 50 km é viável apenas a uma taxa de 6%. Na situação em que a floresta localiza-se a 100 km, a margem de comercialização se mantém positiva a uma taxa de 6%, apenas para cenários com e sem parcelas permanentes. Para maiores distâncias (150 km), tem-se prejuízo no processo de produção. O segundo capítulo teve como objetivo propor modelos matemáticos para otimizar a definição de Unidades de Produção Anual (UPAs) em áreas de manejo sustentável na Amazônia, regulando a produção de volume. A área de estudo localiza-se no município de Bujari, Acre, em que foram selecionadas duas UPAs. A formulação dos modelos teve como base o problema de p-medianas capacitado (PPMC). A primeira proposta visou otimizar a subdivisão de uma UPA, de modo a obter uma produção regular durante dois anos de exploração, considerando o prazo para explorar a área. Nessa abordagem, foram alocados pátios de forma otimizada, com restrições de distância máxima de arraste e capacidade máxima dos pátios. A segunda proposta visou otimizar a formação de UPAs a nível de árvores, de modo a agrupar as árvores acima do diâmetro mínimo de corte (DMC), regulando a produção florestal. Em ambas as propostas foram executados dois cenários de regulação do volume: ± 10% e ± 20%. No cenário 1 da proposta 1, a produção variou em ± 9,6%. Para o cenário 1 da proposta 2, o volume total acima do DMC variou em ± 0,14%. Após a formação das UPAs e posterior aplicação dos critérios da legislação, a produção total explorável das UPAs teve uma variação de aproximadamente ± 1,9%. As propostas são aplicáveis à realidade na Amazônia e podem ser utilizadas para regular a produção de madeira em áreas de MFS na região.

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