ALOCAÇÃO DE PÁTIOS DE ESTOCAGEM EM PLANOS DE MANEJO NA AMAZÔNIA POR MEIO DE PROGRAMAÇÃO MATEMÁTICA
Nome: EVANDRO FERREIRA DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/07/2015
Orientador:
Nome | Papel |
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GILSON FERNANDES DA SILVA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA | Suplente Externo |
Páginas
Resumo: A introdução do conceito de manejo florestal de precisão possibilitou ao manejo de florestas nativas um ganho significativo no planejamento das atividades de exploração. A metodologia possibilita a criação de um banco de dados com informações quantitativas, qualitativas e de posicionamento global de cada indivíduo inventariado. Embora, essa técnica tenha reduzido custos e impactos ambientais, existem ainda algumas lacunas que devem ser melhoradas, entre elas, a alocação de pátios de estocagem, que até então é realizada de forma arbitrária no planejamento, guiadas pelo raio de abrangência e modelagem do relevo em ambiente computacional. Diante do exposto, o estudo visou o planejamento de locais ideais para realizar a estocagem de madeira, de modo a minimizar as distâncias de arraste. O estudo foi desenvolvido em uma área de 638,1783ha, onde foram alocados 7.896 possíveis pátios de estocagem para atender a demanda de 1.478 indivíduos exploráveis, levando em consideração o modelo de elevação do terreno, indivíduos remanescentes, áreas de preservação permanente e zonas restritas. Por fim, foi realizada a divisão da área em subáreas, guiada pela malha hidrográfica. O modelo identifica locais ótimos de alocação de pátios, regido por restrição de distância e volume máximo estocado. Desse modo, foram testados quatro cenários possíveis. Avaliou-se os resultados por meio da distância euclidiana árvores-pátio e pelo planejamento da exploração florestal. A avaliação pela distância euclidiana resultou em reduções nas distâncias de arraste em todos os cenários, sendo o cenário 1 (restrição de capacidade máxima e de distância máxima) o que apresentou melhor desempenho, resultando em reduções de 16,81%, 21,13%, 16,36% e 7,29%, respectivamente, na soma total das distâncias de arraste, na média das distâncias máximas de arraste, na média das distâncias de arraste e no coeficiente de variação do volume dos pátios. Avaliando o posicionamento em relação ao pátio, o cenário 1 diminuiu em 20%, 32% e 67%, respectivamente, para os intervalos de distância menor que 258 m, entre 258 e
300 m e maior que 300 m. Na análise dos cenários, realizado o planejamento da exploração, quanto ao planejamento das estradas florestais, apenas o cenário 1 apresentou um aumento de 2,83% em relação ao planejamento executado, sendo o cenário 2 o que obteve melhor resultado diminuindo em 18,48% a construção de estradas, seguido do cenário 4 (-9,35%) e cenário 3 (-0,36%). A relevância do impacto ambiental foi crucial para determinação do melhor cenário. Embora o cenário 1 tenha produzido uma resposta com 3,22 km a menos de trilhas de arraste que o cenário 2, ele gerou 2,94 km a mais de construção de estradas florestais, concluindo-se assim pelo melhor desempenho do cenário 2. Quando analisado a estimativa de impactos ambientais, todos os cenários tiveram reduções em relação ao executado, sendo que o cenário 2 gerou o menor impacto ambiental, com redução de 13,90% em relação ao planejamento executado. Desse modo, pode-se concluir que o cenário 2 (modelo com restrição de capacidade máxima de volume por pátio e sem restrição de distância máxima de arraste) obteve o melhor desempenho e que os modelos propostos obtiveram ganho em relação ao planejamento executado.
Palavras-chave: Manejo florestal, Amazônia, pesquisa operacional.