ECOFISIOLOGIA DE MILLETTIA STUHLMANNII TAUB EM DIFERENTES DEMANDAS ATMOSFÉRICAS E DISPONIBILIDADES HÍDRICAS NO SOLO

Nome: ELIAS SECRETARIO ARMANDO FERREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/11/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELZIMAR DE OLIVEIRA GONÇALVES Suplente Interno
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Orientador
PAULO CEZAR CAVATTE Examinador Externo
RODRIGO SOBREIRA ALEXANDRE Suplente Externo
SANDRO DAN TATAGIBA Examinador Externo

Resumo: No cenário florestal moçambicano diversas espécies nativas tem revelado potencial para a expansão silvicultural. Entre as espécies destaca-se a Millettia stuhlmannii (conhecida vulgarmente por panga-panga) com alto valor comercial e que tem contribuído para a economia do país. Contudo, há carência de estudos sobre o comportamento ecofisiológico desta espécie frente às condições edafoclimáticas, fato que pode comprometer o sucesso de novos projetos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo investigar a ecofisiologia de Millettia stuhlmannii em diferentes demandas atmosféricas e disponibilidades hídricas no solo. O estudo foi realizado em casas de vegetação climatizadas, localizadas na área experimental do Departamento de Ciências Florestais e da Madeira, no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, situado no município de Jerônimo Monteiro ES, utilizando delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x4, sendo o fator demanda atmosférica em dois níveis (Alta e Baixa) e o fator disponibilidade hídrica no solo em quatro níveis da água disponível (100, 80, 60 e 40%), com cinco repetições. No final do experimento foram avaliadas as seguintes variáveis morfológicas: massa seca total, massa seca da parte aérea, massa seca radicular, área foliar, área foliar especifica, fração de massa foliar, fração de massa radicular, fração de massa da parte aérea, razão da área foliar, relação massa seca radicular por massa seca da parte aérea e eficiência do uso da água de produtividade; variáveis fisiológicas: taxa fotossintética líquida, condutância estomática, concentração interna de CO2 e transpiração e teores dos pigmentos fotossintéticos: clorofila a, clorofila b, clorofila a+b, carotenóides, razão clorofila a/clorofila b e clorofila a+b por carotenóides. Os dados foram comparados através do modelo de regressão por meio de teste de identidade de modelos, de acordo com Chow (1960) para crescimento. Para as trocas gasosas e pigmentos fotossintéticos, foi realizado teste de Tukey (P≤0,05) usando software SISVAR 5.1 de Furtado (2011). A espécie apresentou diminuição da massa seca total, massa seca da parte aérea, área foliar, fração de massa foliar, razão de área foliar, fração de massa da parte aérea com a redução da disponibilidade hídrica no solo independente da demanda atmosférica; e aumento da massa seca radicular, razão massa seca radicular por massa seca da parte aérea, área foliar específica, fração de massa radicular, eficiência do uso da água de produtividade com a redução da disponibilidade hídrica no solo independente da demanda atmosférica. Porém, o maior acúmulo de massa seca total, maior área foliar e eficiência do uso da água de produtividade foi observado na alta demanda atmosférica. Para as trocas gasosas, a taxa fotossintética líquida, condutância estomática e transpiração foram maiores sob alta demanda atmosférica e o contrário foi observado para a concentração interna de CO2. Nos pigmentos fotossintéticos, houve a diminuição do teor com a redução da disponibilidade hídrica no solo independente da demanda atmosférica na clorofila a, b, clorofila a+b, carotenóides, relação clorofila a/b e clorofila a+b/Carot. Assim, a espécie teve maior desempenho na alta demanda atmosférica, o que revela se adequar as condições de clima tropical.

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