CICLAGEM DE NUTRIENTES EM ÁREA DE RESTAURAÇÃO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA DAS TERRAS BAIXAS
Nome: FAGNER LUCIANO MOREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/10/2014
Orientador:
Nome | Papel |
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ADRIANO RIBEIRO DE MENDONÇA | Co-orientador |
MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ADRIANO RIBEIRO DE MENDONÇA | Coorientador |
RENATO RIBEIRO PASSOS | Examinador Externo |
EDUARDO DE SÁ MENDONÇA | Examinador Externo |
MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA | Orientador |
OTACÍLIO JOSÉ PASSOS RANGEL | Suplente Externo |
Páginas
Resumo: Apesar de ser um dos biomas com maior biodiversidade, a Mata Atlântica há séculos enfrenta a degradação ocasionada pela ocupação desordenada do solo. Os passivos gerados são enormes, o que demanda estudos no sentido de viabilizar a recuperação dos mesmos. Oestudo da ciclagem de nutrientes é fundamental, pois propicia um melhor entendimento da dinâmica dos nutrientes no ecossistema, além do mais é um importante indicador de recuperação de áreas degradadas. Dessa forma, este trabalho objetivou estudar a ciclagem de nutrientes em diferentes metodologias de restauração de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, na Reserva Natural Vale, Linhares, ES, entre março de 2013 e janeiro de 2014.Os estudos da serapilheira acumulada e dos atributos químicos do solo foram realizados em seis tratamentos (metodologias de restauração), compostos pela combinação dos fatores espaçamento (3x3 m e 2x2 m) e riqueza de espécies (quantidades de espécies por tratamento: 29, 58 e 114). A coleta de serapilheira acumulada ocorreu em março e em agosto de 2013, nas estações de maior e de menor precipitação, respectivamente.A serapilheira foi compartimentalizada em duas frações (folhas + miscelânea e galhos), sendo quantificada a biomassa, teor e conteúdo dos nutrientes. A coleta de solo para estudo dos seus atributos químicos ocorreu em março de 2013, sendo as amostras retiradas nas profundidades de 0-5 cm, 5-10 cm, 10-20 cm e 20-40.Já o estudo da redistribuição dos nutrientes se restringiu a duas espécies(Bixa arborea Huber.e Joannesia princeps Vell) de relevante interesse para a restauraçãoflorestal, sendo realizado em três tratamentos, os quais se diferenciaram apenas quanto à riqueza de espécies, sendo o espaçamento o mesmo para todos. Em cada tratamento foram coletadas folhas das copas de cinco exemplares de cada uma das duas espéciese dos coletores montados abaixo de suas copas, em outubro de 2013 (estação com menor precipitação) e em janeiro de 2014 (estação com maior precipitação). A partir do material coletado, foram determinados os teores dos nutrientes e calculados os valores de redistribuição. Em relação ao capítulo I, as metodologias de restauração não influenciaram nos atributos químicos do solo e na serapilheira; o maior acúmulo de biomassa e teor de nutrientes das frações da serapilheira ocorreu na estação de menor precipitação; o baixo acúmulo de biomassae conteúdo de nutrientes da serapilheira, associados à baixa fertilidade do solo indicaram que o projeto de restauração encontra-se próximo aos padrões de ecossistemas em via de recuperação. Em relação ao capítulo II, os tratamentos não influenciaram nos teores da maior parte dos nutrientes das folhas das duas espécies em ambas as épocas; a redistribuição de nutrientes de J. princepstendeu ser mais elevada no período de menor precipitação, e a B. arborea tendeu ser maior no período de maior precipitação; as espécies apresentaram uma eficiente redistribuição de nutrientes, evidenciando um grande potencial na restauração florestal.
Palavras-chave:Floresta de Tabuleiros, serapilheira acumulada, fertilidade do solo, redistribuição de nutrientes, área de restauração florestal.