SERAPILHEIRA E ESTOQUE DE CARBONO AO LONGO DE UM GRADIENTE ALTITUDINAL NA FLORESTA OMBRÓFILA DENSA, NO PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ, ES
Nome: KALLIL CHAVES CASTRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/03/2014
Orientador:
Nome | Papel |
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MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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HENRIQUE MACHADO DIAS | Coorientador |
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE | Examinador Interno |
MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA | Orientador |
Resumo: CASTRO, Kallil Chaves. Serapilheira e estoque de carbono ao longo de um gradiente altitudinal na Floresta Ombrófila Densa, no Parque Nacional do Caparaó, ES. 2014. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Universidade Federal do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro, ES. Orientador: Prof. D.Sc. Marcos Vinicius Winckler Caldeira. Coorientadores: Prof. D.Sc. Henrique Machado Dias, Prof. D.Sc. Diego Lang Burak.
Este estudo teve por objetivos caracterizar a fertilidade do solo, aporte, acúmulo e índice de decomposição da serapilheira, no Parque Nacional do Caparaó. Os estudos de fertilidade do solo e de serapilheira foram efetuados em sete parcelas (20x50 m), distribuídas ao longo de um gradiente altitudinal. Amostragem de solo para a caracterização química foi realizada em quatro profundidades (0-05, 05-10, 10-20 e 20-40 cm) e a quantificação do estoque de carbono foi realizada na camada 0-10 cm. Foi retirada uma amostra composta de solo por profundidade e por parcela e a amostragem de solo foi realizada em novembro/2012. A comparação entre as parcelas foi realizada pelo teste U de Mann-Whitney, e a Correlação de Pearson foi feita para verificar a interação dos atributos e do estoque de carbono com a altitude das parcelas. A quantificação do aporte de serapilheira foi realizada por meio de oito coletores com área de 0,5625 cm², distribuídos sistematicamente nas parcelas. A quantificação do acúmulo de serapilheira foi realizada com auxílio de um gabarito com área de 0,0625 cm², lançado em ziguezague no piso florestal, sendo o material presente no interior do gabarito coletado. A serapilheira aportada foi separada nas Frações Folhas, Galhos + Casca, e Miscelânea. O material foi seco em estufa de circulação forçada de ar a 65 ºC por 72 horas, pesado em balança analítica com precisão 0,001 g e estimado para kg ha-1. A coleta de serapilheira foi realizada mensalmente, entre novembro de 2012 e outubro de 2013, totalizando um ano amostral. A partir da biomassa da serapilheira depositada e acumulada foi calculado o índice de decomposição da serapilheira para o ano de estudo e para cada mês de coleta. A análise de variância foi realizada (p<0,05), e quando significativa, foi aplicado o teste de Friedman (p<0,05) para comparação entre os meses, e o teste de Kruskal-Wallis (p<0,05) para comparação das médias das parcelas. Foi utilizada a Correlação de Pearson para verificar interação entre o aporte, acúmulo e a decomposição com as variáveis climáticas, os atributos químicos do solo e a altitude das parcelas, sendo testada pelo teste t (p>0,05). No Capítulo 1 pode-se observar que os solos da área de estudo são ácidos e de baixa fertilidade. O teor de carbono e de MO correlacionaram-se positivamente com a altitude das parcelas, e o
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estoque de carbono não diferiu significativamente entre as parcelas. No Capítulo 2, os resultados demonstram um aporte de serapilheira para a floresta em estudo de 7.428,29 kg ha-1 ano-1. As Folhas representam 61,95% do aporte anual, os Galhos 25,76% e a Miscelânea 12,29%. O acúmulo médio de serapilheira sobre o piso florestal foi de 7.246,26 kg ha-1 ano-1, a taxa de decomposição (k) do material aportado e acumulado na floresta foi de 1,03, e o tempo médio de renovação de 50% (T50%) do material foi de 246,75 dias. Tanto aporte quanto o acúmulo de serapilheira demonstraram uma sazonalidade não definida para a floresta em estudo.
Palavras-chave: Ciclagem de nutrientes, biomassa, estoque de carbono, decomposição.