TOLERÂNCIA, TEMPERATURA LETAL E MEMÓRIA DE ACLIMATAÇÃO DE Eucalyptus SUBMETIDOS Á GEADA

Nome: ELAYNE KÁTIA DOS SANTOS GALVÃO

Data de publicação: 27/05/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DAIANI BERNARDO PIROVANI Examinador Externo
ELZIMAR DE OLIVEIRA GONCALVES Examinador Externo
JOSE EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Presidente
MANOEL TEIXEIRA DE CASTRO NETO Examinador Externo
VALERIA HOLLUNDER KLIPPEL Examinador Externo

Resumo: As mudanças climáticas têm intensificado a frequência de eventos extremos, afetando a silvicultura global, especialmente nas plantações de eucalipto. No Sul do Brasil, região proeminente na produção dessa espécie, eventos de geadas desafiam a produtividade de cultivos de eucalipto. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a tolerância à geada dos clones de eucalipto recomendados para a região (Eucalyptus urophylla x E. grandis, E. saligna, E. dunnii e E. benthamii), verificar se é possível induzir tolerância à geada no híbrido E. urophylla x E. grandis através da aclimatação ao frio, determinando também a duração da memória induzida. Em câmera climatizada foi realizado o estudo de tolerância à geada, mudas dos clones supracitados foram testadas quanto à sua tolerância em simulações de geada nas temperaturas de -1,5; -2,2; -2,9; -3,4; -4,4 e -6,2 °C. Após as geadas foram avaliados os parâmetros de trocas gasosas, índice de dano visual, o extravasamento de eletrólitos a temperatura letal (TL50) e realizadas análises bioquímicas quantificando os açúcares solúveis, flavonoides, fenóis e antocianinas. No estudo de aclimatação, as mudas de E. grandis x E. urophylla foram divididas em dois grupos: um submetido a um período de aclimatação ao frio (5°C a 15°C) e o outro, controle (sem aclimatação), mantido em temperaturas de 12°C a 27°C, ambos por 21 dias com fotoperíodo de 10 horas. Posteriormente, foram testadas quanto à sua memória de aclimatação no tempo de 15, 45 e 60 dias. O estudo da duração da memória de aclimatação foi realizado sob a temperatura de -4,4°C, determinada em teste prévio realizado no tempo zero, utilizando temperaturas de -2,0; -3,0; -3,5, -4,4 e -5.0°C, onde a temperatura de -4,4°C foi selecionada por evidenciar as diferenças de tolerância entre plantas aclimatadas e não aclimatadas. No estudo de tolerância à geada, o Eucalyptus benthamii demonstrou ser o clone mais tolerante, enquanto o híbrido E. urophylla x E. grandis mostrou-se o mais suscetível. O E. benthamii apresentou um maior controle estomático, preservou as taxas fotossintéticas e exibiu maiores teores de açúcares solúveis e antocianinas. No estudo de indução de tolerância à geada, foi possível realizar a indução de uma maior tolerância geada em E. urophylla x E. grandis, logo após a aclimatação, entretanto concluindo que a memória da aclimatação induzida não é persistente. Os conhecimentos aqui elucidados podem subsidiar planos de manejo em áreas com risco de geadas, bem como orientar geneticistas e melhoristas florestais quanto aos melhores cruzamentos a serem realizados para resultar em híbridos mais tolerantes.

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