ANÁLISE DE REGISTROS DE INCÊNDIOS EM FLORESTAS DE PRODUÇÃO

Nome: WESLEN PINTOR CANZIAN
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 05/07/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
NILTON CESAR FIEDLER Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELAINE CRISTINA GOMES DA SILVA Examinador Externo
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Examinador Interno
NILTON CESAR FIEDLER Orientador
REGINALDO SERGIO PEREIRA Examinador Externo
RONIE SILVA JUVANHOL Examinador Externo

Resumo: Na área de proteção florestal, os incêndios florestais estão entre os piores
acontecimentos que as florestas estão susceptíveis, e no setor privado, a preocupação
com os incêndios se intensificam mediante as perdas econômicas. O objetivo deste
estudo foi de propor uma metodologia para análises de ocorrências de incêndios em
florestas de produção através de uma nova classificação para área queimada média e
tempos de mobilização e deslocamento. Especificamente foi: identificado as causas dos
incêndios, analisada a correlação entre os elementos meteorológicos e a quantidade de
ocorrências, distribuição das ocorrências ao longo do ano e do dia, distância média
percorrida pelas equipes de combate, e, analisado os tempos de mobilização,
deslocamento e de combate. O estudo teve como subsídio o banco de dados da série
histórica de 10 anos de registro de ocorrência de incêndios e de variáveis
meteorológicas, oriundas de 45 estações meteorológicas de uma empresa produtora de
eucalipto para celulose, no norte do Espírito Santo e sul da Bahia, no período de 2008 a
2017. De acordo com os resultados, 91,4% das 32.561 ocorrências ao longo dos 10 anos
foram originadas por incendiários. Além disso, justificado pela causa do incêndio, a
quantidade de ocorrências entre os anos analisados apresentou correlações negativas
moderada a baixa, respectivamente para umidade relativa e precipitação e correlação
desprezível para temperatura média. Já a distribuição mensal dos incêndios destacou-se
por ser uniforme ao longo do ano, uma vez que, apesar de setembro e outubro
apresentarem a maior incidência das ocorrências, eles diferiram apenas de abril ao nível
de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. A maior concentração de incêndios foi das
13:00:00 as 16:59:59 com 46,96 %. Os tempos de mobilização e deslocamento foram
satisfatórios, respectivamente com médias de ao menos 80 e 60% concentrando-se até a
classe II, representadas respectivamente pelos limites máximos de 5 e 40 minutos. Os
tempos médios de deslocamento e combate apresentaram forte correlação positiva com
o tamanho médio de área queimada, esse fato demonstra a importância e necessidade de
uma estratégia de combate aos incêndios ágil e eficiente. Apesar de uma média de 8,92
vi
focos diários de incêndios em 220 mil ha de florestas plantadas, a média de área
queimada ao longo dos anos foi de 2,39 ha com tempo médio de combate de 01:42:58.
Dessa forma, regiões onde a origem dos incêndios florestais é majoritariamente por
ação intencional e criminosa, as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais
devem ser planejadas contemplando todos os meses do ano, além disso, as classes de
mobilização, deslocamento e áreas médias queimadas propostas por este estudo
apresentaram resultados aderentes a realidade de combate de incêndios em florestas de
produção.
Palavras-chave: Danos, prevenção, combate.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910