FERTILIDADE, ESTOQUE DE CARBONO ORGÂNICO DO SOLO E SERAPILHEIRA EM UMA FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA

Nome: WILLIAM MACEDO DELARMELINA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/02/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA Orientador
SUSTANIS HORN KUNZ Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
SUSTANIS HORN KUNZ Coorientador

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Resumo: DELARMELINA, William Macedo. Fertilidade, estoque de carbono orgânico do solo e serapilheira em uma Floresta Estacional Semidecidual Submontana. 2015. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro, ES. Orientador: Prof. Dr. Marcos Vinicius Winckler Caldeira. Coorientadores: Prof. Dr. Sustanis Horn Kunz; Prof. Dr. Elzimar de Oliveira Gonçalves.

Por meio da produção de serapilheira se tem o processo de ciclagem de nutrientes, que possui grande relevância ecológica, pois realiza uma ligação entre os ciclos de produção e decomposição da matéria orgânica, que culmina na principal via de retorno dos nutrientes e da matéria orgânica para o solo. Este estudo teve como objetivos caracterizar a fertilidade do solo, quantificar a produção e o acúmulo de serapilheira, bem como a quantidade de nutrientes no solo em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual Submontana, ES. O estudo foi realizado na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cafundó, localizada em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo. Para a amostragem do solo e da serapilheira depositada e acumulada foram utilizadas doze parcelas de área fixa (20 x 50 m) demarcadas de forma sistemática no interior da floresta. Para o estudo dos atributos químicos e físicos do solo, bem como do estoque de carbono orgânico do solo procedeu-se a coleta de solo em quatro camadas distintas: 0-5 cm, 5-10 cm, 10-20 cm e 20-40 cm. Para a amostragem da serapilheira, mensalmente em cada parcela, foram coletadas cinco amostras desse material depositado e doze amostras, de forma aleatória, de serapilheira acumulada. A serapilheira depositada foi separada nas frações folhas/miscelâneas e galhos. Foram determinadas as concentrações de nutrientes e carbono orgânico na serapilheira depositada e acumulada. Foi calculada a eficiência de uso de nutrientes e a taxa de decomposição da serapilheira do fragmento estudado. O solo do fragmento em estudo possui caráter pouco ácido com média fertilidade. As camadas superficiais do solo (0-5 e 5-10 cm) concentraram maior parte dos nutrientes disponibilizados à vegetação, devido ao aporte e à decomposição da matéria orgânica depositada sobre o mesmo. Em geral, as interpretações dos componentes principais foram semelhantes para as quatro camadas de solo estudadas. A análise de agrupamento permitiu a identificação de quatro grupos de parcelas com base nos resultados dos atributos químicos e físicos do solo. Em relação ao carbono orgânico do solo, na camada de 0-40 cm foi encontrado o estoque total médio de 62,21 Mg ha-1. A serapilheira depositada contribuiu em média com 7.627,71 kg ha-1 ano-1, com sazonalidade marcada no final do período seco do ano (julho/2013 a setembro/2013). A ordem de eficiência na utilização dos macronutrientes e micronutrientes foram: P > S > Mg > K > N > Ca e Cu > Zn > B > Fe > Mn, respectivamente. O cálcio foi o nutriente encontrado em maiores quantidades em todas as frações da serapilheira. Os maiores acúmulos médios de serapilheira ocorreram nos meses de abril/2013 (8.264,6 kg ha-1 ano-1) e setembro/2013 (7.011,3 kg ha-1 ano-1), indicando padrão não sazonal no acúmulo de serapilheira. Para o fragmento estudado o valor estimado da taxa de decomposição (k) foi de 1,40. A quantidade de macro e micronutrientes na serapilheira acumulada seguiu a seguinte ordem decrescente: Ca > N > Mg > K > S > P e Fe > Mn > B > Zn > Cu, respectivamente. De modo geral, o retorno de nutrientes por meio da serapilheira é uma importante via da ciclagem de nutrientes na floresta, melhorando a fertilidade do solo, pela grande quantidade e diversidade de nutrientes estocada na serapilheira acumulada.

Palavras-chave: Ciclagem de nutrientes;solos florestais; retorno de nutrientes; deposição foliar.

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