BIOMASSA E NUTRIENTES NA SERRAPILHEIRA EM COMPLEXO RUPESTRE DE GRANITO, MIMOSO DO SUL, ES

Nome: CARLOS ANTONIO ARAUJO DE FREITAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/07/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA Orientador
SUSTANIS HORN KUNZ Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
OTACÍLIO JOSÉ PASSOS RANGEL Examinador Externo

Páginas

Resumo: FREITAS, Carlos Antônio Araújo. Biomassa e nutrientes na serrapilheira em Complexo Rupestre de Granito, Mimoso do Sul, ES. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Universidade Federal do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro- ES. Orientador: Prof. Dr. Marcos Vinicius Winckler Caldeira. Coorientadora: Profª. Dra. Sustanis Horn Kunz.

Os ecossistemas florestais encontrados em áreas com afloramento rochoso carecem de estudos mais detalhados sobre os processos de ciclagem de nutrientes. Dentro desses processos, a vegetação nos ecossistemas devolve nutrientes ao solo por meio da circulação de matéria, que é representada pela serrapilheira (resíduos vegetais de folhas, ramos, caules, cascas, frutos e flores). O presente estudo teve por objetivo quantificar o acúmulo e a deposição de biomassa, os teores e conteúdos dos nutrientes na serrapilheira, bem como correlacionar com as variáveis climáticas (pluviosidade e temperatura) analisando a variação temporal dos nutrientes do Complexo Rupestre de Granito, localizado no município de Mimoso do Sul, ES. A amostragem da serrapilheira acumulada foi realizada em cinco transectos de 50m x 2m. Em cada transecto foram coletadas 10 amostras com auxílio de um gabarito de 0,25m x 0,25m (0,0625 m2), totalizando 50 amostras por mês. Após a coleta, as amostras foram levadas para o laboratório e separadas na fração denominada de Outras espécies, com a presença de folhas, galhos, flores, frutos e material não identificável de diversas espécies; fração Pseudobombax com material identificável da espécie Pseudobombax aff. campestre, que posteriormente foram secas e pesadas. A biomassa acumulada para as frações foi transformada para kg ha-1, que por meio dessa extrapolação foi calculado também os conteúdos dos macro e micronutrientes. O período de estudo da serrapilheira acumulada foi de maio de 2011 a abril de 2012. A serrapilheira depositada foi amostrada nos mesmos transectos, onde em cada um foram distribuídos três coletores posicionados abaixo da copa da P. aff. campestre, com 0,5 m x 0,5 m e 0,70 m de altura do solo, com telas de nylon em malha de 2 mm, totalizando 15 coletores. Foi realizada a coleta mensal, e adotados os mesmos procedimentos da serrapilheira acumulada. O período amostral da serrapilheira depositada foi de novembro de 2011 a outubro de 2012. Para a avaliação da variação mensal da biomassa de cada fração, considerou-se um Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), onde os tratamentos corresponderam aos meses do ano (12 tratamentos) e as repetições os transectos (5 repetições). Para determinação da variação mensal dos teores de cada fração, utilizou-se o mesmo DIC, com os mesmos tratamentos (12 meses do ano) e as repetições foram representadas por três subamostras (3 repetições) retiradas de uma amostra homogeneizada, moída em moinho tipo Wiley. Para a análise de correlação com as variáveis climáticas, em ambas as frações, utilizou-se a correlação de Pearson. Os resultados foram submetidos ao teste com um nível de 5% de probabilidade. A serrapilheira
acumulada média foi de 8900 kg ha-1 e a depositada de 5400 kg ha-1. Ocorreram picos de acúmulo e deposição ao final do período seco, demonstrando assim um comportamento sazonal. Na serrapilheira acumulada, tanto os teores como os conteúdos, os macronutrientes de maiores acúmulos foram o N e Ca, e o micronutriente foi o Fe. Os únicos nutrientes que tiveram correlação significativa com as variáveis climáticas foram: N, P e S para ambas as frações e variáveis, o Fe e Cu na fração Pseudobombax, para ambas variáveis. O acúmulo total de macronutrientes foi de 292,42 kg ha-1 e micronutrientes foi de 10,34 kg ha-1. A serrapilheira depositada, tanto os teores como os conteúdos, os macronutrientes de maiores deposições foram o N e o Ca, e o micronutriente foi o Mn. Os únicos nutrientes que tiveram correlação significativa com as variáveis climáticas foram: N para ambas as frações na variável pluviosidade; P, Mg, Mn e B, para a fração Outras espécies na variável temperatura; e Cu na fração Pseudobombax na variável temperatura. A deposição total de macronutrientes foi de 203,23 kg ha-1 e micronutrientes foi de 3,62 kg ha-1. Na eficiência do uso de nutrientes, o S e Cu foram o macro e micronutriente, respectivamente de maior eficiência pelas espécies do local, assim como, a P. aff. campestremostrou-se eficiente para todos os nutrientes.

Palavras-chave: ciclagem de nutrientes, nutrição florestal, serrapilheira acumulada, serrapilheira depositada.

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