FENOLOGIA DE Guapira opposita (Vell.) Reitz (NYCTAGINACEAE) EM DUAS FITOFISIONOMIAS NO SUL DO ESPÍRITO SANTO

Nome: SARA GÜTLER LÜBE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/07/2015

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADERBAL GOMES DA SILVA Examinador Externo
FÁBIO DEMOLINARI DE MIRANDA Examinador Externo
HENRIQUE MACHADO DIAS Suplente Interno
JOSÉ FRANKLIM CHICHORRO Orientador
RODRIGO SOBREIRA ALEXANDRE Suplente Externo

Páginas

Resumo: LÜBE, Sara Gütler. Fenologia de Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae) em duas fitofisionomias no sul do Espírito Santo. 2015. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Universidade Federal do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro, ES. Orientador: José Franklim Chichorro. Coorientadora: Sustanis Horn Kunz.

O estudo fenológico de uma ou mais espécies florestais é considerado fundamental em qualquer plano de manejo, seja com objetivo de manutenção da vida silvestre, produção de madeira ou colheita de produtos florestais não madeireiros e outros recursos florestais. A Guapira opposita (Vell.) Reitz, pertencente a família Nyctaginaceae, é uma espécie florestal nativa do Brasil, que ocorre em diversas formações florestais, particularmente no domínio da Mata Atlântica. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo caracterizar a fenologia de Guapira opposita (Vell.) Reitz, verificar a influência de alguns fatores climáticos nas diferentes fenofases da espécie em um fragmento de Floresta Ombrófila Densa (FOD) e em um de Floresta Estacional Semidecidual (FES) na região sul do Espírito Santo, bem como comparar e relacionar os parâmetros fenológicos das duas áreas. Os dados de floração, frutificação, queda foliar e brotamento foram coletados mensalmente de 36 indivíduos no período entre janeiro e dezembro de 2014. Para a análise dos dados foram utilizados os métodos do Índice de Atividade e Percentual de Intensidade de Fournier. No período de amostragem foi observada redução de 33% e de 51,5% da precipitação anual para a FOD e FES, respectivamente, quando comparados com o ano anterior ao estudo. O comportamento vegetacional da G. opposita na FOD e na FES não variou muito durante o período de estudo. O índice de atividade dos indivíduos produzindo novas folhas e brotos foliares se mostrou sazonal, com a maior porcentagem de indivíduos ocorrendo entre os meses correspondentes a estação chuvosa e com altas temperaturas. O pico do brotamento foliar ocorreu em janeiro, mês em que houve as mais elevadas temperaturas nas duas áreas. Observou-se alto grau de sincronia para o brotamento foliar na FOD, já a população da FES se mostrou assincrônica. A fenofase de queda foliar da espécie Guapira opposita foi muito discreta, onde apenas 5% dos indivíduos amostrados na FES se manifestaram e, somente na estação chuvosa, sendo considerado como baixo percentual de intensidade para esse fenômeno, podendo-se inferir que a precipitação não foi um fator limitante para a ocorrência da mesma. Já, na FOD não houve manifestação dos indivíduos para a queda foliar no período de amostragem. Por isso a espécie pode ser classificada como perenifólia. Não foram observadas as fenofases reprodutivas para a espécie, fato este que pode estar relacionado com os fatores climáticos, principalmente precipitação. Pode-se concluir que o comportamento vegetacional da espécie Guapira opposita na FOD e na FES teve pequena variação e o déficit hídrico ocorrido no ano da amostragem foi o fator limitante da não ocorrência das fenofases reprodutivas da espécie.

Palavras chave: floresta estacional semidecidual, floresta ombrófila densa, eventos fenológicos, fatores climáticos, RPPN Cafundó e Serra do Valentim.

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