EFEITOS DA TEMPERATURA E ADESIVOS NA QUALIDADE DE PAINÉIS AGLOMERADOS PRODUZIDOS COM RESÍDUOS DE MADEIRA DE EUCALIPTO
Nome: VINICIUS PEIXOTO TINTI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/06/2015
Orientador:
Nome | Papel |
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FABRICIO GOMES GONÇALVES | Orientador |
JUAREZ BENIGNO PAES | Co-orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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FABRICIO GOMES GONÇALVES | Orientador |
JUAREZ BENIGNO PAES | Coorientador |
MARINA DONARIA CHAVES ARANTES | Examinador Interno |
MICHEL CARDOSO VIEIRA | Examinador Externo |
PEDRO GUTEMBERG DE ALCÂNTARA SEGUNDINHO | Suplente Externo |
Resumo: TINTI, Vinicius Peixoto. Efeitos da temperatura e adesivos na qualidade de painéis aglomerados produzidos com resíduos de madeira de eucalipto. 2015. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Universidade Federal do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro, ES. Orientador: Fabricio Gomes Gonçalves. Coorientador: Juarez Benigno Paes.
O objetivo da pesquisa foi avaliar a utilização de resíduo de serraria na produção de painéis aglomerados com adição de adesivos químicos comerciais modificados com tanino de Acacia mearnsii De Willd. O resíduo de madeira de eucalipto foi obtido em uma serraria existente na região do Caparaó, sul do Espírito Santo. Utilizou-se serragem proveniente de destopadeira, que foram analisadas quimicamente, quanto ao pH, capacidade tampão, extrativos e cinzas. A serragem foi seca ao ar até teor de umidade aproximado de 15%, e posteriormente peneirada, e foram utilizadas as partículas que transpassaram na malha de 4,0mm e ficaram retidas na de 2,0mm. As partículas foram secas em estufa a 103 ± 2°C até a umidade pré-estabelecida de 5%, e utilizadas para produção dos painéis com dimensões de 42,5 x 42,5 x 1,25 cm e densidade nominal de 700 kg m-3. Foram determinadas nos adesivos comerciais puros (ureia e fenol formaldeído) e nas combinações destes com 10 e 20% de tanino diluído (solução tânica a 50% tanino: água destilada), o teor de sólidos, pH e viscosidade. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado no esquema fatorial (7x2), sendo a temperatura em dois níveis e o adesivo em 7 níveis, e realizada a análise de variância para todos os ensaios, à exceção para a densitometria de raios X. Com os painéis aglomerados produzidos procedeu-se a avaliação das propriedades físicas e mecânicas, a biodeterioração por fungos e térmitas (cupim de madeira seca), e o perfil de densidade pela densitometria de raios X. A densidade aparente do painel ficou abaixo da nominal pré-estabelecida, fato explicado pela presença de casca nas partículas. Para o ensaio de inchamento em espessura após 2 horas, apenas quatro dos 14 adesivos ficaram abaixo do exigido pela Norma Comercial Americana 236-66, porém para o ensaio de inchamento em espessura após 24 horas, sete adesivos não atingiram o estabelecido pela norma. Para o módulo de ruptura (MOR) cinco adesivos não atingiram o regulamentado pela Norma Americana ANSI A208.1, e para módulo de elasticidade (MOE) apenas 3 adesivos apresentaram resultados satisfatórios de acordo com a mesma norma. A ligação interna obteve resultados dentro da Norma Americana ANSI A208.1. No arrancamento de parafuso na superfície apenas o adesivo tanino fenol formaldeído 80:20 (120°C) obteve valor abaixo da Norma Americana ANSI A208.1. Na deterioração causada pelo fungo Postia placenta os adesivos com 100% tanino formaldeído (120 e 140°C) tiveram a maior perda de massa e para o fungo Trametes versicolor a perda de massa foi alta (acima de 20%) para a maioria dos adesivos, exceto para fenol formaldeído (100%) e tanino fenol formaldeído (90:10). A avaliação do perfil de densidade aparente pelo ao longo da espessura pelo método de densitometria de raios X, mostrou alguma equivalência entre os painéis, o que indicou certa homogeneidade pela proximidade entre as linhas do gráfico.