FERTILIZANTES E VOLUMES DE TUBETE NA PROPAGAÇÃO SEMINAL E ESTAQUIA DE INDIVÍDUOS ADULTOS DE MOGNO-AFRICANO

Nome: CÁSSIA DOS SANTOS AZEVEDO

Data de publicação: 26/02/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DAGMA KRATZ Examinador Externo
ENEAS RICARDO KONZEN Examinador Externo
MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA Presidente
MIRANDA TITON Examinador Externo

Resumo: A demanda por madeira nobre vem crescendo expressivamente nos últimos anos. Neste sentido, espécies exóticas de elevado valor comercial, tais como mogno-africano (Khaya spp.), apresentam-se como alternativas promissoras para a composição de plantios comerciais no Brasil. A partir da premissa que há poucos estudos que abordam a área de produção de mudas e técnicas de propagação vegetativa em espécies do gênero Khaya, a presente dissertação foi dividida em dois capítulos, tendo como objetivo geral avaliar o uso de diferentes doses de fertilizante e volumes de tubete na propagação seminal e analisar a técnica de estaquia em indivíduos adultos de mogno-africano. O capítulo I objetivou verificar o efeito de fertilizante de liberação controlada (FLC) combinado a volumes de tubetes no crescimento inicial de mudas de Khaya sp. Utilizouse as espécies Khaya anthotheca e Khaya grandifoliola para produção de mudas. O experimento foi conduzido em arranjo fatoria (2 × 5), avaliando a interação de dois volumes de tubetes (180 e 280 cm³) e cinco concentrações de FLC 15-9-12 (0, 4, 8, 12 e 16 g L-1). Após 180 dias, os resultados indicaram as diferentes doses de FLC resultaram em variações significativas no crescimento das mudas de K. anthotheca e K. grandifoliola, sendo recomendado a aplicação da dose de 10 g L-1 de FLC para ambas as espécies. Mudas sem aplicação do FLC apresentaram os menores valores em todas as características morfológicas avaliadas. O volume dos tubetes não demonstrou grandes disparidades nas características morfológicas analisadas nas espécies, evidenciando o IQD como uma das medidas mais precisas, indicando o volume de 280 cm³ com mudas de melhor qualidade. O capítulo ll objetivou investigar a eficiência da estaquia em três espécies do gênero Khaya sp, aliando-se possíveis indicadores de rejuvenescimento ao sucesso dos procedimentos. Os propágulos foram coletados em matrizes selecionadas de K. grandifoliola, K. senegalensis e K. ivorensis, aos dez anos de idade. Doze matrizes por espécie foram selecionadas e abatidas, totalizando 36 árvores para serem utilizadas no estudo. A fim de verificar a relação da capacidade de enraizamento adventício dos materiais resgatados pelo método de propagação via estaquia, foi realizado o estudo do rejuvenescimento/revigoramento de tecidos vegetais. Para isso foram comparados os materiais foliares: juvenil (muda seminal com 6 meses), brotações epicórmicas (oriundo de galhos das árvores matrizes com 10 anos a 5 m de altura da base), adulto (10 anos) e material resgatado (brotações basais a 10 cm da
base). Com base nos resultados, a técnica de estaquia utilizando tecidos coletados na base de árvores abatidas resultou no enraizamento adventício em todas as espécies, contudo, os percentuais de enraizamento adventício não ultrapassaram 30%. As estacas basais com aplicação de 0, 4.000 e 8.000 mg L-1 de AIB apresentaram atividades enzimáticas de SOD, CAT e APX com valores similares ao material juvenil oriundo de fonte seminal. Para estudos a fim investigar o rejuvenescimento/revigoramento dos tecidos e suas sucessivas atividades metabólicas, recomenda-se quantificar as enzimas SOD e CAT para a espécie K. grandifoliola, e somente SOD para as espécies K. senegalensis e K. ivorensis.

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