MODELO ESPACIAL PARA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE RESTINGA

Nome: LEONARDO DUARTE BIAZATTI

Data de publicação: 19/02/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉ QUINTÃO DE ALMEIDA Examinador Externo
DANILO SIMÕES Examinador Externo
HENRIQUE MACHADO DIAS Examinador Interno
NILTON CESAR FIEDLER Presidente
PATRÍCIA BORGES DIAS Examinador Externo

Resumo: As restingas enfrentam constantes ameaças relacionadas à pressão antrópica, sobretudo com os incêndios florestais, que atuam como agentes degradadores desses ambientes, especialmente para fins de especulação imobiliária. Apesar dos avanços
no entendimento do comportamento dos incêndios nos mais variados tipos de vegetação, a ocorrência desses eventos nas restingas foram pouco estudados. A presente pesquisa objetivou a elaboração de um modelo de predição, prevenção,
detecção e de auxílio ao combate a incêndios florestais, utilizando-se de ferramentas geotecnológicas, no Parque Estadual Paulo César Vinha (PEPCV) e na Área de proteção ambiental (APA) de Setiba, situados no município de Guarapari, que representam, espacialmente e estruturalmente, boa parte das formações de restingas da Mata Atlântica no sul do Estado do Espírito Santo. Através da aplicação de técnicas de geoprocessamento utilizando ferramentas geotecnológicas como a lógica Fuzzy,
lógica de Análise Hierárquica de Processos (AHP), caminho de menor custo e análise de redes sobre as variáveis de uso e ocupação da terra, altitude, declividade, orientação do relevo, proximidade de estradas, áreas urbanas, praias e cursos d’água,
precipitação, temperatura do ar e temperatura da superfície terrestre e zonas de calor, foram delimitadas as áreas de maior risco de ocorrência de incêndios florestais, os locais prioritários para construção de aceiros e estradas, os pontos ótimos para
instalação de torres de videomonitoramento e de postos de captação de água. Verificou-se que a área possui risco muito alto de ocorrência de incêndios, pois 55,17% do território se encontra nesta faixa de risco. Os locais classificados como prioritários para construção de aceiros, por estarem próximos das áreas urbanas e das áreas de maior risco, representaram 65,41% da área do estudo, dessa forma, constatou-se a necessidade de instalá-los no entorno destes locais. O modelo de alocação de estradas apontou 30 possíveis caminhos para abertura de vias complementares, percorrendo sempre locais já antropizados. O modelo para instalação de torres de videomonitoramento determinou seis possíveis cenários de alocação e, considerando a taxa de visualização alcançada de 96,55% e o custo de implantação, apontou-se o terceiro cenário (2A) como melhor obtido. Já a otimização para a alocação de postos de captação de água estabeleceu dezesseis possíveis cenários sendo o décimo primeiro (3C) o mais promissor pois apresentou uma cobertura de 80% dos pontos de demanda, utilizando apenas onze postos o que
permite um bom custo-benefício de instalação. Diante destes resultados, foi possível concluir que o nível elevado de risco de incêndios florestais no PEPCV e na APA de Setiba ressalta a urgência de implementar medidas preventivas que visem reduzir o
risco e mitigar as possíveis consequências decorrentes de incêndios na região. Nesse contexto, este estudo se apresenta como uma fonte de subsídios para a concepção de estratégias preditivas e preventivas para o PEPCV, além de proporcionar suporte
no momento do combate. Por fim, destaca-se que a metodologia executada possui aplicabilidade, replicabilidade e adaptabilidade para qualquer unidade de conservação.

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