AMOSTRAGEM DO FUSTE E EFEITO DA CASCA NA QUALIDADE DA MADEIRA DE EUCALIPTO VISANDO A PRODUÇÃO DE MDF (MEDIUM DENSITY FIBERBOARD)
Nome: STÉFFANY DE LIMA ARAUJO
Data de publicação: 29/02/2024
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
GRAZIELA BAPTISTA VIDAURRE DAMBROZ | Presidente |
PEDRO NICÓ DE MEDEIROS NETO | Examinador Externo |
THAÍS BRITO SOUSA | Examinador Externo |
THAYANNE CAROLINE CASTOR NETO | Examinador Externo |
Resumo: O conhecimento das características do eucalipto jovem utilizado nas indústrias é essencial para inferir sobre a qualidade dos produtos e resíduos gerados. Devido à variabilidade natural da madeira, uma boa acurácia de resultados leva em
consideração a amostragem utilizada e, com o grande uso de eucalipto nas indústrias madeireiras, tem-se também grande geração de resíduos, com destaque para as cascas. Algumas empresas, como as produtoras de painéis de madeira reconstituída
utilizam esse tipo de resíduo no processo de fabricação. Logo, a casca não deve ser tratada apenas como um resíduo, mas deve ser avaliada de forma mais detalhada. Isto posto, os objetivos desta dissertação foram avaliar estratégias de amostragem ao
longo do fuste de árvores para determinação da densidade básica da madeira de clones de eucalipto e avaliar a influência da presença de casca nas propriedades da madeira de eucalipto visando a produção de Medium Density Fiberboard. Foram
estudadas as madeiras de quatro clones de eucalipto, sendo dois híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, um Eucalyptus grandis e um Eucalyptus urophylla, aos 6 anos, provenientes de plantação comercial nos municípios de Lençóis
Paulista e Agudos, estado de São Paulo, Brasil. Foram coletadas cinco árvores por clone, de acordo com o diâmetro médio do plantio estabelecido pelo inventário florestal. Foram retirados discos ao longo do fuste comercial, além de uma amostra
na posição do diâmetro a altura do peito, que foram divididos em estratégias de amostragem. As propriedades avaliadas foram: proporção de cerne e casca nos discos, densidade básica, composição química, pH e cinzas para casca, madeira com
e sem casca. A densidade média entre as amostragens variou de 476,69 a 449,61 Kg m-3. O DAP correspondeu de 91,85 a 99,74% da média geral do fuste, a depender do clone e estratégia de amostragem utilizada. As estratégias de amostragem base-topo analisadas não apresentaram diferenças significativas entre si, somente a que considera apenas o DAP foi distinta das demais. A amostragem Alternativa 1, estimou satisfatoriamente a densidade média considerando todos os clones como um único
material, sendo essa a melhor estratégia para mensuração de densidade básica nas condições dadas no presente estudo. As posições amostrais a partir de 50% da altura comercial do fuste se relacionaram melhor com a densidade básica. A proporção de
casca variou de 8,22 a 10,25%, enquanto a de cerne oscilou de 26,98 a 36,16%. A densidade básica da madeira foi de 455 a 502 Kg m-3 , para a madeira com casca variou de 447 a 483 Kg m-3, já para a casca o intervalo foi de 342 a 368 Kg m-3. A mistura da madeira e casca para os clones de eucalipto avaliados, não foi suficiente a ponto de modificar de forma significativa a densidade básica, composição química, pH e cinzas da madeira. O teor de cinzas e de extrativos foram as propriedades da madeira mais impactadas com a presença de cascas. A maioria das propriedades tecnológicas analisadas nas cascas de eucalipto, se distinguiram da madeira com e sem casca.