DENSIDADE ÓTIMA DE ESTRADAS APLICADA AO TRANSPORTE DE TORAS CURTAS EM FLORESTAS PLANTADAS

Nome: JOSÉ RENATO AZEDIAS CAMPOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 14/12/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
NILTON CESAR FIEDLER Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DANILO SIMÕES Examinador Externo
FLAVIO CIPRIANO DE ASSIS DO CARMO Examinador Externo
NILTON CESAR FIEDLER Orientador
WESLEN PINTOR CANZIAN Examinador Externo

Resumo: Para garantir o abastecimento fabril é necessário o adequado planejamento das operações, principalmente das estradas florestais. A densidade ótima de estradas, atrelada ao uso de geotecnologias e à produtividade da floresta, é um parâmetro crucial para tomadas de decisão. Com isso, objetivou-se nesse trabalho, a definição dos pontos críticos para o transporte de madeira, juntamente com a densidade do cenário atual das vias, além de determinar a densidade ótima de estradas florestais em diferentes cenários de volume médio individual da floresta e combinações veiculares de carga propostos. A área de estudo está localizada em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul. Inicialmente, através de ferramentas de geoprocessamento, procedeu-se com a análise da classificação das estradas e determinação de pontos críticos ao transporte de madeira para cada tipo de combinações veiculares de carga, sendo eles bitrem, tritrem e hexatrem, associados as suas limitações quanto a declividade, acima de 12%, acima de 8% e acima de 5%, respectivamente. Posteriormente, gerou-se a densidade ótima de estradas por meio da minimização do somatório dos custos totais para os nove diferentes cenários de volume médio individual (0,15, 0,20 e 0,25 m³.árvore-1), correlacionados a diferentes combinações veiculares de carga (bitrem, tritrem e hexatrem). Para a analisar a capacidade de estocagem de madeira nas estradas florestais, foi necessário efetuar o cálculo de volume de madeira por metro linear, com base em dimensões de pilha padrão utilizadas na empresa. Após essa etapa obtive-se também o tamanho mínimo e máximo dos talhões, com base na densidade ótima de estradas. Com todo o proposto, foi possível verificar que 0,9% das estradas da área estão localizadas em declividade acima de 12%, ou seja, ponto crítico para tráfego de bitrem. 3,3% das estradas encontram-se em pontos críticos, com declividade superior à 8%, para a movimentação de tritrem e 17,3% das estradas estão em locais considerados críticos (declividade > 5%) para o deslocamento de hexatrem. Observou-se que a densidade atual de estradas da área é de 52,72 m.ha-1. A variação da densidade ótima obtida nos cenários avaliados foi de 19,57 e 27,61 m.ha-1, correspondendo ao cenário de volume médio 0,15 m³.árvore-1 associado ao hexatrem e ao cenário de volume médio individual 0,25 m³.árvore-1 relacionado ao bitrem, respectivamente. Os cenários com volume médio individual 0,15 m³.árvore-1, associado a bitrem e tritrem, assumiram valores de 25,57 e 23,68 m.ha-1 de densidade ótima, respectivamente. Já os cenários de volume médio individual 0,20 m³.árvore-1 relacionado a bitrem, tritrem e hexatrem, apresentaram 26,16, 24,46 e 20,45 m.ha-1 de densidade ótima. O volume médio individual 0,25 m³.árvore-1, ligados a tritrem e hexatrem, respectivamente, tiveram densidade ótima de 26,91 e 22,06 m.ha-1. Os cenários estudados não apresentaram restrição quanto a capacidade de estocagem de madeira nos cenários ótimos, exceto, no cenário de hexatrem com volume médio individual de 0,25 m³.árvore-1. Quanto aos tamanhos ideais de talhões, percebe-se uma variação entre 18 a 51 ha, correspondendo aos cenários de bitrem com volume médio 0,15 m³.árvore-1 e hexatrem com volume médio 0,25 m³.árvore-1. As ferramentas propostas neste estudo, alcançaram as expectativas esperadas. O estudo de pontos críticos, atrelado ao tipo de combinações veiculares de carga, apresentou eficiência quanto ao mapeamento de pontos de atenção. O cálculo da densidade ótima de estradas foi eficiente como ferramenta na redução de custos operacionais, analisando a influência do volume médio individual e diferentes combinações veiculares de carga. A pesquisa propõe e recomenda metodologias de baixo custo e fácil aplicação para tomada de decisão do gestor florestal.

Palavras-chave: Logística florestal, geoprocessamento, operações florestais.

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