INDICADOR ERGONOMICO EM OPERAÇOES DE COLHEITA FLORESTAL SEMIMECANIZADA
Nome: RAYANE APARECIDA SILVA MENEZES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/02/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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NILTON CESAR FIEDLER | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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POMPEU PAES GUIMARÃES | Examinador Externo |
FLAVIO CIPRIANO DE ASSIS DO CARMO | Examinador Externo |
DENISE RANSOLIN SORANSO | Examinador Externo |
NILTON CESAR FIEDLER | Orientador |
Resumo: Apesar da colheita de madeira mecanizada ser uma estratégia adotada por diversos empreendimentos florestais de grande porte, os pequenos projetos florestais e o alto investimento inicial podem inviabilizar o uso de máquinas e equipamentos modernos, preconizando o trabalho manual e semimecanizado. Contudo, o menor grau de mecanização pode proporcionar alguns malefícios ao conforto e à saúde dos trabalhadores florestais, pois exige muito esforço físico, os expõem a altos riscos de acidentes, as variáveis ambientais podem ultrapassar os limites de tolerância recomendados e, consequentemente, pode expor esses trabalhadores a condições inadequadas de trabalho dentro dos aspectos ergonômicos. Diante do exposto, esta pesquisa teve como objetivo analisar os aspectos ergonômicos na colheita de madeira semimecanizada, comparando as variáveis de forma integrada e classificando-as de acordo com a urgência de intervenção. O estudo foi conduzido em áreas de fomento florestal com Eucalyptus spp, implantados em relevo declivoso, submetidas ao corte raso aos oito anos, localizadas no Sul do Estado do Espírito Santo, Brasil. Foram avaliadas as atividades de corte com motosserra, extração por tombamento manual e empilhamento manual nas margens das estradas. A análise ergonômica ocorreu pela caracterização do perfil dos trabalhadores por meio de entrevistas e, para cada atividade, a carga física e os níveis de exposição dos trabalhadores à vibração de mãos e braços, ao calor, ao ruído e à iluminância foram determinados. A coleta de dados das variáveis ambientais foi realizada por meio da instalação de equipamentos nos trabalhadores, conforme estabelecido nas normas de segurança e saúde do trabalho brasileira, bem como empregou-se métodos específicos citados na literatura. A classificação das variáveis ergonômicas foi realizada segundo o método grau de conformidade e para facilitar a visualização dos resultados foi empregada a escala de cores. Os resultados caracterizaram o perfil dos trabalhadores florestais envolvidos nas atividades de colheita de madeira como pessoas jovens, com escolaridade a nível médio e experiência média de quatro anos na função, treinados pelos trabalhadores mais experientes, onde não são adotadas práticas ergonômicas antes ou durante a execução do trabalho, apontando a necessidade de intervenções ergonômicas imediatas. As atividades de corte florestal foram as únicas com carga de trabalho físico dentro dos limites recomendados com Carga Cardiovascular de 40% e 34% respectivamente, além disso, os operadores de motosserra encontravam-se expostos à vibração de mãos e braços e ao ruído a níveis acima do limite de tolerância. Por outro lado, a exposição ao calor e à iluminância apresentaram níveis aceitáveis, segundo limites apresentados pelas normas regulamentadoras. A utilização da metodologia dos indicadores ergonômicos permitiu identificar as variáveis ergonômicas com maior potencial de danos à saúde do trabalhador e as atividades mais exigentes na execução das operações de colheita de madeira semimecanizada. Os resultados da classificação da urgência de intervenção apontaram que a exposição ao ruído oriundo do corte florestal para o motosserista foi a variável prioritária em uma intervenção ergonômica corretiva, com nível de 97,1 e 100,6 dB(A) para a derrubada e o traçamento/desgalhamento respectivamente.
Palavras-chave: Ergonomia e segurança do trabalho; Indicadores ergonômicos; Técnicas e operações florestais.