POTENCIAL ENERGÉTICO DE MADEIRAS DE ESPÉCIES NEOTROPICAIS EM PLANTIOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Nome: ALFREDO JOSÉ DOS SANTOS JUNIOR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 16/02/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANANIAS FRANCISCO DIAS JÚNIOR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANANIAS FRANCISCO DIAS JÚNIOR Orientador
NATÁLIA DIAS DE SOUZA Examinador Externo
THIAGO DE PAULA PROTÁSIO Examinador Externo

Resumo: A utilização da madeira proveniente de florestas em restauração florestal estabelecidas em áreas degradadas é uma ótima opção para assegurar a manutenção econômica e ecológica. Uma alternativa para a geração de energia seria o uso de espécies nativas de potencial madeireiro em áreas de manejo florestal sustentável. Acredita-se que espécies neotropicais provenientes de áreas em restauração florestal possuem características tecnológicas suficientes para serem direcionadas à geração de bioenergia. Diante disso, este trabalho de pesquisa investigou o potencial da madeira de espécies neotropicais de plantios em restauração florestal para a geração de bioenergia. Foram coletadas madeiras provenientes de 12 espécies nativas neotropicais de uma área em restauração florestal destinada a Reserva Legal às margens do Rio Tietê, no município de Anhembi, SP. Posteriormente, procedeu-se com a caracterização da madeira dessas espécies quanto suas propriedades físicas, químicas e energéticas, por meio da determinação da densidade básica, da densitometria por raios-X, dos componentes químicos, do poder calorífico e da densidade energética. Logo após, as madeiras foram submetidas ao processo de pirólise para determinação dos rendimentos em carvão vegetal e posteriormente, procedeu-se a as mesmas análises realizadas para a madeira. As madeiras de Myrocarpus frondosus, Poecilanthe parviflora, Handroanthus impetiginosus, Pterogyne nitens e Hymenea courbaril apresentaram densidade básica moderada, variando entre 0,550 e 0,650 g cm-3. As espécies Croton urucurana, Guazuma ulmifolia, Jacaranda cuspidifolia, Pelthofoum dubium, Cedrela fissilis e M. frondosus tiveram teores de lignina acima de 30%. Todas as espécies apresentaram teores de cinzas inferiores a 2%. Por haver forte correlação entre densidade básica e densidade energética, as espécies que se destacaram na primeira variável também se destacaram na segunda. Ao simplificar o conjunto de variáveis por meio de componentes principais, formaram-se grupos que compartilharam valores próximos para as variáveis de interesse para a geração energética. Para a geração de energia em forma de lenha, as espécies que mais se destacaram foram M. frondosus, P. parviflora, P. nitens e J. cuspidifolia. Para o carvão vegetal, P. parviflora e C. fissilis apresentaram maiores valores de densidade aparente, 0,490 e 0,380 g cm-3 respectivamente. Todos os materiais tiveram valores de cinzas inferiores a 2%. O carvão vegetal de H. courbaril se destacou por expor valor de poder calorífico útil de 7.047 kcal kg-1. Ao simplificar o conjunto de dados de carvão vegetal por meio de duas componentes principais, nota-se a formação de quatro grupos distintos e as espécies P. parviflora e H. courbaril isoladas. Percebe-se que o grupo formado por carvão vegetal de M. frondosus, P. nitens, e P. dubium, juntamente com a espécie isolada P. parviflora, apresentam a combinação de elevados valores para densidade energética, densidade aparente, teor de carbono fixo e baixos teores de cinzas. Para a utilização energética por meio de carvão vegetal, se sobressaíram M. frondosus, P. nitens, P. dubium e P. parviflora. Dessa forma, as madeiras de espécies neotropicais de plantios de restauração florestal apresentam potencial para a geração de bioenergia, em forma de lenha e de carvão vegetal.

Palavras-chave: Carvão vegetal; Lenha; Espécies nativas; Produtos energéticos.

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