DINÂMICA DAS LEGUMINOSAS E NÃO LEGUMINOSAS EM UMA FLORESTA SECUNDÁRIA SAZONALMENTE SECA

Nome: NAIARA MACHADO NEVES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 27/01/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HENRIQUE MACHADO DIAS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABRÍCIO ALVIM CARVALHO Examinador Externo
HENRIQUE MACHADO DIAS Orientador
LUIZ FERNANDO SILVA MAGNAGO Examinador Externo
MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA Examinador Interno
TIAGO DE OLIVEIRA GODINHO Examinador Externo

Resumo: Na sucessão florestal há mudanças na estrutura e nos nichos da vegetação arbórea. Nas florestas neotropicais diversas espécies cooexistem, entretanto as caracteristicas edafoclimáticas atuam como filtro ecológicos e selecionam as espécies mais adaptadas as características impostas. O conhecimento dos traços funcionais das espécies permite a formulação de estratégias de conservação, mediante as mudanças climáticas previstas. Os objetivos do presente estudo foram investigar o desempenho das espécies de diferentes grupos funcionais, bem com sua contribuição no input de serapilheira, nutrientes (N, P e C) e na decomposição na comunidade dominada por leguminosas, submetida à sazonalidade hídrica. O estudo foi realizado em um fragmento secundário que compõe a Reserva Legal do Polo de Educação Ambiental do Instituto Federal do Espírito Santo, Ifes – Campus de Alegre (PEAMA), Alegre – ES. No ano de 2013 foram instaladas 19 parcelas de 400 m2 de área (20 x 20 m) distribuídas a cada 200 m por toda área do fragmento a fim de estudar o porte arbóreo. Em 2017 foram selecionadas dessas, 11 parcelas para medir o DAP maior ou igual a 5 cm para avaliar o desempenho de grupos funcionais (leguminosas fixadoras de N, leguminosas não fixadoras e não leguminosas). Foram coletadas por dois anos (out/ 2017 a set/ 2019) serapilheira depositada e o índice de cobertura de copa (ICC). As coletas de serapilheira acumulada foram realizadas nos períodos chuvoso e seco, sendo mar/2019 e set/2019, respectivamente. Além disso, foi realizado o estudo da decomposição de serapilheira dos grupos funcionais leguminosas e não leguminosas, por meio de bolsas “litterbag” para verificar o índice K, tal como coleta de folhas maduras (mar/2020) de setes espécies para analises da abundância de 13C e 15N. No estudo foi observado que o grupo funcional de leguminosas fixadoras e leguminosas não fixadoras tiveram melhor sobrevivência em relação ao grupo de não leguminosas, em que a maioria dos indivíduos mortos eram do grupo de não leguminosas, com classe de diâmetro entre 5-20cm. As leguminosas tiveram maior incremento em comparação às não leguminosas, entretanto, foi observado que o desempenho dos grupos funcionais se encaixa com a teoria facultativa da fixação biológica de nitrogênio (FBN) em SDTF. As leguminosas possuem maiores concentrações de C nas folhas e menor abundância de 13C, em que sugere melhor resistência à seca e mais eficiência na utilização dá água em relação ao grupo de não leguminosas. Embora, abundância de 15N e concentração de N foram maiores nas leguminosas, não houve diferença significativa. Leguminosas tiveram grande representatividade no aporte de serapilheira e nutrientes. As leguminosas aportam 11%, 48% e 25% a mais de N, P e C, respectivamente, do que as não leguminosas e apresentam maior índice K, em que sugere que possuam características químicas, nas quais dificultam a sua decomposição. Portanto, é sugerido mais estudos para avaliar os traços funcionais das espécies em frente as mudanças climáticas previstas para se compreender melhor a dinâmica de SDTF.

Palavras-chave: Grupos funcionais, Desempenho das espécies, Serapilheira, Sazonalidade hídrica e Floresta Atlântica.

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