PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DA MADEIRA JOVEM DE ANGICO VERMELHO E SUA EFICIÊNCIA EM JUNTAS COLADAS
Nome: ÉMILLY SOARES GOMES DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/02/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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FABRICIO GOMES GONÇALVES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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DERCÍLIO JÚNIOR VERLY LOPES | Examinador Externo |
FABRICIO GOMES GONÇALVES | Orientador |
PEDRO GUTEMBERG DE ALCÂNTARA SEGUNDINHO | Examinador Interno |
Resumo: O objetivo do estudo foi caracterizar as propriedades físicas e mecânicas da madeira jovem de angico-vermelho e avaliar o desempenho da espécie na colagem de taliscas com diferentes adesivos comerciais. A caracterização das propriedades da madeira foi efetuada em árvores desbastadas oriundas dos espaçamentos 3 m × 3 m, 4 m × 4 m e 5 m × 5 m. As propriedades físicas foram determinadas quanto à densidade básica, retratibilidade linear e volumétrica, e grau de colapso da madeira no sentido base-topo e medula-casca. As propriedades mecânicas foram determinadas de acordo a resistência ao cisalhamento, resistência à compressão paralela e perpendicular às fibras, resistência à flexão estática e dureza Janka. Para a colagem da madeira, utilizou-se os adesivos ureia-formaldeído, poliacetato de vinila, esorcinolformaldeído e tanino ureia-formaldeído na proporção 20:80 (tanino:ureia) que foram caracterizados, e em seguida, colados nas gramaturas de 200, 250, 300 e 350 g m-2. As juntas coladas foram prensadas à temperatura ambiente e ensaiadas para determinação da resistência ao cisalhamento na linha de cola. Foram determinados a porcentagem de falhas e a química da madeira no intuito de avaliar a interação da madeira com os adesivos. Os resultados demonstram que as propriedades físicomecânicas do angico-vermelho foram superiores em madeiras provenientes dos dois maiores espaçamentos, apresentando melhor resistência e rigidez. As tendências significativas verificadas no sentido medula-casca evidenciam uma instabilidade da madeira mais próximo da medula devido a maior proporção de lenho juvenil, sendo recomendado a exploração da madeira nas regiões mais periféricas da tora. De maneira geral, o espaçamento de plantio e o desbaste não afetaram negativamente a qualidade da madeira de angico-vermelho. Em relação a eficiência da colagem, observou-se que não houve uma adesão satisfatória entre a madeira e os diferentes adesivos colados nas diferentes gramaturas. Os valores médios de resistência ao cisalhamento na linha de cola estiveram abaixo do que é recomendado para uso comercial. O teor de
extrativos e a densidade da madeira associadas a viscosidade dos adesivos promoveram uma interligação insuficiente, gerando peças coladas de qualidade inferior. A porcentagem de falha ficou abaixo dos 60% recomendados, reforçando os dados observados para resistência que indicaram a baixa qualidade das juntas coladas.
Palavras-chave: Anadenanthera peregrina; desbaste; propriedades mecânicas;
propriedades físicas; madeira colada.