TRAÇOS FUNCIONAIS DE DUAS LEGUMINOSAS ARBÓREAS: TRANSLOCAÇÃO DE NUTRIENTES E ASSOCIAÇÃO MICORRÍZICA
Nome: ROBERTO ANTONIO DA COSTA JERONIMO JUNIOR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/02/2020
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
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| EDUARDO DE SÁ MENDONÇA | Examinador Externo |
| MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA | Orientador |
| PAULO ANDRÉ TRAZZI | Examinador Externo |
| RANIERI RIBEIRO PAULA | Coorientador |
Resumo: Os impactos ambientais causados pelas árvores em projetos de reflorestamento podem ser influenciados pelas exigências nutricionais das espécies e pela qualidade da serapilheira que aporta no solo. Espécies que apresentam um crescimento mais acelerado tendem a acumular mais nutrientes por unidade de biomassa do que espécies de crescimento mais lento. Os objetivos deste trabalho foram: 1) avaliar o uso dos nutrientes por meio da avaliação do status nutricional, de translocação e eficiência de uso de N, P, K. Ca, Mg e S usando as folhas, 2) avaliar a qualidade da serapilheira usando indicadores de degradabilidade tais como a relação C/N, QHL, ILC e 3) e estimar a taxa de infestação micorrízica nas raízes finas, de árvores adultas de Schizolobium parahyba (paricá) e Anadenanthera peregrina (angico) em monocultivo. As espécies se distinguem pela capacidade de associação simbiótica com bactérias fixadoras de N2, pela densidade da madeira e pelas taxas de crescimento. Ambas espécies são senescentes e apresentavam 96 meses de idade durante as avaliações. Para o estudo foram selecionadas 9 árvores por espécie no espaçamento 3x3m distribuídas em 3 parcelas. Nessas árvores foram coletadas folhas senescentes e folhas verdes, e raízes finas para avaliação das micorrizas. Paricá apresentou maiores taxas de translocação de nutrientes quando comparada com o angico, com destaque para o fósforo (63%). O Paricá foi mais eficiente no uso de N do que o Angico. A serapilheira foliar do angico apresenta uma maior facilidade de degradação do que a serapilheira foliar do paricá. Foram detectados a presença de fungos micorrizicos arbusculares nas raízes finas do paricá e angico com taxa de infestação de 66% e 73%, respectivamente. O presente estudo indica que as espécies apresentam diferenças no uso dos nutrientes e na qualidade da serapilheira com o angico aportando 105% a mais de N para o solo quando comparada com o paricá, além de uma maior facilidade da degradação de suas folhas. Essas características podem levar a diferentes impactos sobre a química e fertilidade do solo.
Palavras-chave: Anadenanthera peregrina; Schizolobium parahyba; serapilheira; micorrizas; translocação de nutrientes.
