GEOTECNOLOGIAS APLICADAS AO ESTUDO COMPORTAMENTAL DAS ILHAS DE CALOR URBANAS
Nome: GIZELY AZEVEDO COSTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/02/2020
Orientador:
Nome | Papel |
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ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS | Orientador |
DAIANI BERNARDO PIROVANI | Examinador Externo |
HENRIQUE MACHADO DIAS | Examinador Interno |
Resumo: O processo de urbanização pode alterar o espaço físico e influenciar a qualidade ambiental em detrimento da redução das áreas verdes presentes nos grandes centros urbanos. Como consequência, muitas cidades são impactadas pelo efeito das ilhas de calor, fenômeno responsável pelo acúmulo de calor no interior das áreas urbanizadas, gerando um aumento considerável de temperatura, podendo influenciar a qualidade de vida da população. Neste contexto, objetivou-se com esse estudo analisar a distribuição espacial e temporal das ilhas de calor urbanas e a influência das áreas verdes na formação dos microclimas urbanos no município do Rio de Janeiro, Brasil. Os procedimentos metodológicos empregados foram divididos nas seguintes etapas: a) análise de mudanças no uso e ocupação da terra entre os anos de 2014-2018; b) estimativa sazonal da temperatura da superfície terrestre (Ts); c) obtenção e confronto geoestatístico sazonal entre os índices de vegetação (NDVI e EVI), área construída (NDBI) com a temperatura da superfície terrestre; avaliação ecológica das ilhas de calor pelo índice (UTFVI); estimativa do nível de conforto térmico urbano por meio dos índices (ITU, IDT e TEV). Como resultados, observou-se que a cidade do Rio de Janeiro encontra-se sob influência das ilhas de calor, as áreas mais antigas da cidade e sobretudo mais urbanizadas são as mais acometidas pelas altas temperaturas. Foi possível constatar o papel da vegetação na formação dos microclimas urbanos por meio do coeficiente de correlação negativo entre a temperatura da superfície (Ts) e os índices de vegetação (NDVI) e (EVI), e ainda um coeficiente de correlação positivo entre entre Temperatura da Superfície (Ts) e o Índice de Áreas Construídas por Diferença Normalizada (NDBI), demonstrando a influência da urbanização no aumento da temperatura. Por meio dos índices de conforto analisados, foi possível inferir que sobretudo nos períodos do verão a sensação térmica percebida pela população chega a níveis muito desconfortáveis, demonstrando a necessidade e importância da adoção de medidas mitigatórias para amenização da temperatura. Desta forma, conclui-se que as mudanças ocorridas no padrão de uso e ocupação da terra devido a constante urbanização impactam diretamente na formação e intensidade das ilhas de calor, sendo que a vegetação atua positivamente no controle do microclima urbano. A metodologia empregada apresenta potencial para o estudo comportamental das ilhas de calor urbanas para outras cidades do mundo.
Palavras-chave: conforto térmico, índices de vegetação, temperatura superficial, urbanização.