FLORÍSTICA E ESTRUTURA EM AMBIENTE DE BORDA-INTERIOR EM REMANESCENTE DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA DAS TERRAS BAIXAS

Nome: PATRICIA BORGES DIAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HENRIQUE MACHADO DIAS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABRÍCIO ALVIM CARVALHO Examinador Externo
HENRIQUE MACHADO DIAS Orientador
KARLA MARIA PEDRA DE ABREU Examinador Externo
RAFAEL MARIAN CALLEGARO Examinador Externo

Resumo: A Floresta Atlântica é um dos ambientes mais ricos em biodiversidade no mundo. Dentre as suas fitofisionomias, encontra-se a Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, fortemente fragmentada pelas diversas formas de ocupação de uso do solo, mesmo no interior de unidades de conservação. Além da diminuição da sua área original, a fragmentação traz consigo o efeito de borda, que influencia nos processos ecológicos dos remanescentes. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a composição florística e a estrutura horizontal da comunidade vegetal lenhosa no interior e nas bordas em contato com diferentes limites em um remanescente de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, na Reserva Biológica do Córrego Grande, Conceição da Barra, ES. Para isso, testou-se a hipótese de que essas variações acontecem ao longo de um gradiente ambiental e biológico de mudança. Para a amostragem da vegetação, foram alocadas 36 parcelas (10 m x 25 m) totalizando 0,9 ha, distribuídas em duas bordas com diferentes limites (estrada de terra e borda florestal) e no interior do remanescente. Todos os indivíduos com diâmetro a altura do peito ≥ 2,5 cm foram mensurados e identificados. Foram calculados os parâmetros fitossociológicos, índice de diversidade de Shannon e de equabilidade de Pielou, assim como o índice de similaridade de Bray-Curtis e a realização de agrupamento UPGMA, para verificar a similaridade entre o interior e as bordas estudadas. Para a determinação das espécies que caracterizam os agrupamentos florísticos da área de estudo foi realizada a Análise de Espécies Indicadoras (ISA). A porcentagem de abertura de dossel foi obtida por meio de duas fotografias digitais hemisféricas, coletadas por parcela nos meses de abril e setembro e analisadas pelo software Gap Ligth Analyzer Mobile app - GLAMA. Foi realizada a caracterização química da camada superficial do solo (0 – 20 cm). As subamostras foram coletadas em cinco pontos, distribuídos nos vértices e no interior de cada parcela, e posteriormente homogeneizadas resultando em uma amostra composta por unidade amostral. Para as análises de densidade e umidade foram coletadas três amostras indeformadas por parcela. Utilizando o equipamento penetrômetro, a resistência a penetração do solo foi calculada através dos números de batidas coletadas em cinco pontos de cada parcela até atingir 20 cm de profundidade. Para verificar a influência dos fatores ambientais sobre a vegetação foi realizada a Análise de Redundância (RDA). O remanescente apresentou grande riqueza de espécies na área, com táxons em categorias de risco de extinção, além de possíveis novos registros para o estado. O interior da ReBio apresenta maior similaridade com a borda florestal. Constatou-se que o padrão de distribuição das espécies sofre influência das variáveis ambientais (abertura de dossel, umidade e sódio) e espaciais, sendo que os três primeiros eixos da RDA explicaram 42,08% da variação na composição florística da comunidade lenhosa. Os resultados comprovam que algumas espécies possuem preferências ambientais no remanescente.

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