PROPAGAÇÃO SEXUADA, VEGETATIVA E DIVERSIDADE GENÉTICA DE Dalbergia nigra EM MINIJARDIM CLONAL

Nome: ALINE RAMALHO DOS SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2019

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELZIMAR DE OLIVEIRA GONÇALVES Orientador
FÁBIO DEMOLINARI DE MIRANDA Coorientador
IVAR WENDLING Examinador Externo
TAÍS CRISTINA BASTOS SOARES Examinador Externo

Resumo: A demanda por mudas para estabelecimento de plantios florestais, seja para fins comerciais ou restauração tem crescido rapidamente, paralelamente, ocorre à busca no aprimoramento de técnicas de produção de mudas de baixo custo e de bom desempenho no campo. Desta forma, objetivou-se com este trabalho, avaliar a propagação sexuada, vegetativa e diversidade genética de Dalbergia nigra em minijardim clonal. A dissertação foi estruturada em três capítulos. No capítulo l, objetivou-se analisar o crescimento de mudas de duas procedências de D. nigra cultivadas em substrato acrescidos de diferentes doses de fertilizante de liberação controlada (FLC). Os resultados indicaram que a altura das mudas aos 120 dias, massa seca da raiz, da parte aérea e total foram influenciados significativamente pela interação (p ≤ 0,05) entre os fatores doses de FLC e procedências de D. nigra. O maior crescimento das mudas foi observado para a procedência Linhares na dose 7,46 kg m-3 de FLC. Já a dose 5,99 kg m-3 é a mais adequada à produção de mudas da procedência Viçosa. O capítulo ll aborda o potencial da estaquia e miniestaquia como método de propagação vegetativa para a D. nigra. O minijardim clonal de D. nigra obteve 100% de sobrevivência após 13 coletas sucessivas. A utilização de ácido indol-3-butírico (AIB) em miniestacas de D. nigra não é um condicionante para o enraizamento, embora a adição de 6.000 mg Kg-1 AIB promoveram maior comprimento e número de raízes, vigor de miniestacas e massa seca da raíz de miniestacas apicais. Para miniestacas intermediárias a adição de 6.000 mg Kg-1 de AIB antecipou o tempo médio de emissão das raízes e proporcionou maior número de raízes adventícias. Entretanto, as concentrações de AIB reduziram linearmente a emissão de brotos, massa seca da parte aérea e massa seca total. O teor nutricional da planta matriz influenciou no enraizamento de miniestacas, sendo a procedência de Linhares mais responsiva a adição de FLC. As procedências geográficas apresentaram um conjunto de respostas e comportamento diferencial no enraizamento. As estacas de material
adulto apresentaram elevada mortalidade e ausência de enraizamento. A miniestaquia, utilizando material juvenil, mostrou-se tecnicamente viável como forma de propagação de D. nigra, sendo possível usar esta metodologia para produção de mudas em larga escala. No capítulo lll, objetivou-se caracterizar a diversidade genética em minijardim clonal de D. nigra. Os marcadores ISSR utilizados para D. nigra foram eficientes na detecção de polimorfismo. A população apresentou consistente estruturação e alta diversidade genética. A maior riqueza foi encontrada nas minicepas de Linhares. As populações de D. nigra apresentam moderada diferenciação genética, sendo verificada que a maior proporção da diversidade genética está dentro das populações. As minicepas apresentam elevada diversidade e, portanto, revela potencial para serem utilizados como matrizes para coleta de propágulos na produção de mudas para fins conservacionistas.

Palavras-chave: nutrição florestal, espécie nativa, extinção, clonagem, conservação genética.

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