RELAÇÃO DA DINÂMICA DA VEGETAÇÃO COM A OCORRÊNCIA DE INCÊNDIOS FLORESTAIS EM TERRAS INDÍGENAS NO BIOMA CERRADO
Nome: FELIPE GIMENES RODRIGUES SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/07/2017
Orientador:
Nome | Papel |
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ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS | Orientador |
NILTON CESAR FIEDLER | Co-orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS | Orientador |
NILTON CESAR FIEDLER | Coorientador |
RODRIGO SOBREIRA ALEXANDRE | Examinador Interno |
SAMUEL FERREIRA DA SILVA | Examinador Externo |
Resumo: O Bioma Cerrado encontra-se ameaçado pelo avanço do desmatamento e uso indiscriminado do fogo. Neste cenário o estudo das terras indígenas por meio de informações obtidas do sensoriamento remoto auxilia na avaliação da vegetação e suas relações com a ocorrência de incêndios. Neste contexto, objetivou-se avaliar a dinâmica temporal da vegetação, relacionando com a precipitação e a ocorrência de incêndios florestais em terras indígenas, localizadas no Bioma Cerrado no estado de Mato Grosso, Brasil. Desta forma, foram utilizados dados oriundos dos índices de vegetação obtidos pelo Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) e gerados do produto do MOD13Q1 disponibilizado pelo sensor MODIS, instrumento do satélite TERRA. Para as análises de Área de Queima ao longo da série, as imagens foram provenientes do produto MCD45A1 do mesmo sensor. As imagens foram adquiridas no período de 2007 a 2016, e por último, as imagens de precipitação do sensor Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM). Com as imagens de NDVI, TRMM e Área de Queima, foram padronizados no programa ArcGis para assim, serem trabalhados no software TerrSet, foi utilizado o módulo Earth Trends Modeler, fazendo a análise de correlação entre os elementos de precipitação, índice de vegetação e área de queima, considerando diferentes defasagens (-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3), para assim obter o tempo de resposta das variáveis dependentes em relação as independentes. Em relação às análises das tendências interanuais das séries temporais de índices de vegetação, estas foram realizadas por meio das metodologias de tendência monotônica de Mann-Kendall e análises de tendências sazonais. As imagens foram importadas, para o software TerrSet, no qual também foi utilizado o módulo Earth Trends Modeler (ETM) para processamento e análise das tendências de comportamento dos índices de vegetação. Para a análise de anomalias do índice de vegetação, precipitação e área de queima, não foram encontrados períodos anômalos. As correlações obtidas, foram mais significativas em regiões de campos abertos com R de 0,84 para o NDVI e Precipitação e para NDVI e área de queima R de - 0,74. A Tendência monotônica de Mann-Kendall, denotam certa estabilidade do índice de vegetação com variações positivas em regiões de campos abertos e em apenas um local (aldeia Areões) com redução do vigor vegetativo. A análise de tendências Sazonais identificou diferentes resposta da vegetação, uma vez que esse bioma apresenta diversificada fitofisionomia mostrando a sazonalidade da vegetação com diferentes fases em amplitudes. Em todos os anos foram quantificadas extensas áreas de queima, totalizando aproximadamente um milhão de hectares / ano; A variação das tendências, evidenciam as várias fitofisionomias e suas respostas em relação ao ganho e perda de biomassa. A melhor resposta da correlação e regressão do NDVI x Precipitação foi observada em função do tipo de vegetação de campos abertos. A Área de queima tende a aumentar com a redução do NDVI, principalmente em regiões com vegetações mais abertas. Por fim, em relação a sazonalidade não foi encontrado um padrão definido de ciclos e fases da vegetação.
Palavras-chave: Sensoriamento Remoto, Precipitação, Incêndios Florestais, Índice de Vegetação.