Manejo de Recursos Naturais

Área de concentração: Ciências Florestais
Descrição: A Linha de Pesquisa em Manejo de Recursos Naturais, mesmo que tenha como foco principal o recurso florestal, procura trata-lo em um contexto maior, buscando compreender suas relações com outros recursos naturais, como a água e o solo. Nesse sentido, esta linha de pesquisa se dedica ao estudo das relações entre os componentes biótico e abiótico de ecossistemas florestais, bem como ferramentas de gestão, especialmente métodos quantitativos como estatística, otimização, inteligência artificial, para manejar da melhor forma possível o recurso florestal. Esta linha pode ser dividida em áreas de atuação, a saber: Mensuração e Manejo Florestal, Manejo de bacias hidrográficas e Modelagem hidrológica e Mecanização, colheita, transporte e ergonomia, além de Incêndios florestais.

Mensuração e Manejo Florestal: Os pesquisadores envolvidos com essa área de atuação se dedicam basicamente em dois grandes temas para o manejo do recurso florestal: Mensuração do crescimento e da produção florestal e modelos de gestão do recurso florestal com ênfase em métodos de otimização. Os trabalhos de mensuração estão focados em alternativas de se apurar o crescimento e a produção das florestas, sejam elas tradicionais ou inovadoras. Neste caso, existem pesquisas voltadas para novos equipamentos de mensuração, como os sensores lasers, por exemplo, uso de drones com grande ênfase às ferramentas de fotogrametria e sensoriamento remoto no levantamento de informações úteis acerca dos recursos florestais disponíveis. Além disso, essa linha de pesquisa tem como foco o estudo de métodos quantitativos para se estimar variáveis dendrométricas ou qualquer variável de interesse florestal. A respeito dos métodos quantitativos mencionados, pode-se citar como exemplo, métodos estatísticos, especialmente análise de regressão e aprendizado de máquinas. Em relação aos métodos de otimização, busca-se o uso de ferramentas de pesquisa operacional, tais como: Programação Linear, Programação Linear Inteira, Programação Multiobjetivo, Programação Dinâmica e métodos heurísticos para o planejamento de diferentes atividades florestais, em diversos níveis de planejamento, isto é, estratégico, tático e operacional. Com isso, ao longo do tempo, diversos problemas de planejamento têm sido atacados alcançando-se resultados concretos e operacionais, tais como: Planejamento da visita de parcelas em inventários florestais, planejamento do transporte de máquinas na colheita florestal, planejamento do processamento de toras em serrarias, planejamento da produção de sortimentos florestais, planejamento de infraestruturas em planos de manejo na floresta amazônica, planejamento da alocação de equipes no combate a incêndios florestais.

Manejo de bacias hidrográficas e Modelagem hidrológica: As pesquisas associadas a esta área tem o foco geral de quantificação da influência das florestas e demais usos do solo sobre a disponibilidade hídrica quantitativa e qualitativa de bacias hidrográficas. Nesse sentido investiga-se o papel práticas estruturais e não-estruturais de manejo de bacias hidrográficas sobre a qualidade ambiental de bacias. Nesta linha utilizam-se frequentemente de técnicas computacionais de sistemas de informações geográficas, sensoriamento remoto e machine learning, associadas a conhecimentos de hidrologia estatística, hidroclimatologia e modelagem hidrológica.

Mecanização, colheita, transporte e ergonomia: Nesta área de atuação os estudos abrangem analises técnico/operacionais, econômicas e de otimização de sistemas mecanizados e semi mecanizados de preparo do solo, implantação, manutenção, colheita e transporte de madeira. As pesquisas envolvem métodos informatizados, com inteligência matemática e geotecnologias para definir métodos de planejamento operacional da colheita, transporte e estradas florestais. Na área de ergonomia, as pesquisas visam melhorar a relação ser humano máquina no que tange ao ambiente de trabalho (ruído, iluminação, conforto térmico e vibração), posturas no trabalho, biomecânica, layout de postos de trabalho, analise de esforços e movimentos, alimentação, normas e legislações de segurança. A análise ergonômica visa a melhoria do bem estar, saúde, satisfação e segurança do trabalhador e como consequência melhoria da qualidade, eficiência e produtividade.

Incêndios Florestais: nesta área de atuação, os estudos abrangem prioritariamente métodos de propagação do fogo, técnicas de prevenção e combate, meteorologia aplicada a ocorrências do fogo. Além disso, são analisados os impactos ambientais, sociais e econômicos do fogo. Pesquisas avaliam o desenvolvimento de estruturas adaptativas das espécies florestais a ocorrências de incêndios, bem como o manejo do fogo, principalmente em Unidades de Conservação. Em plantios de espécies florestais, os estudos versam sobre o desenvolvimento de novos produtos e uso de retardantes de fogo em áreas florestais (eficiência de diferentes produtos e dosagens ideais). As pesquisas sobre métodos inteligentes e programação matemática na prevenção e combate aos incêndios florestais tendem a reduzir o tempo de resposta, minimizar o uso de recursos para o combate e ter maior eficiência nas ações. Relativo aos brigadistas que atuam no combate a incêndios florestais, as pesquisas avaliam ergonomia, segurança do trabalho, inalação de gases tóxicos e os efeitos no organismo humano. Com o uso de tecnologias de geoprocessamento, são feitos mapeamentos, delimitando áreas e níveis de risco, áreas propicias para instalação de câmeras e torres de observação e otimização para os deslocamentos e combate.

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