DIAGNÓSTICO FÍSICO CONSERVACIONISTA DA BACIA HIDROGRÁFICA
DO RIBEIRÃO JERUSALÉM, ALEGRE, ES

Nome: GEORGE HILTON VENTURIM
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 13/06/2011

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS Coorientador
CLOVIS EDUARDO NUNES HEGEDUS (ALEGRE) Orientador
MARCOS FRANKLIN SOSSAI Examinador Externo
ROBERTO AVELINO CECÍLIO Examinador Interno

Resumo: VENTURIM, George Hilton. Diagnóstico Físico Conservacionista da bacia
hidrográfica do ribeirão Jerusalém, Alegre, ES. 2011. Dissertação (Mestrado
em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre - ES.
Orientador: Prof. Dr. Clóvis Eduardo Nunes Hegedus. Co-orientador: Prof. Dr.
Alexandre Rosa dos Santos.

A Mata Atlântica é entre as florestas tropicais a mais biodiversa e também a
mais vulnerável do planeta Terra. Já foram destruídos 93% da cobertura
florestal original e os ínfimos 7% restantes continuam sob forte ameaça. No
estado do Espírito Santo existem 11% de remanescentes florestais da Mata
Atlântica em diversos estágios de conservação e regeneração. Ao sul do
estado, no município de Alegre, localiza-se a bacia hidrográfica do ribeirão
Jerusalém - BHRJ, principal fonte de abastecimento hídrico para a sede do
município, porém o uso inadequado da terra, com ocupação de Áreas de
Preservação Permanente (APP) para fins produtivos tem afetado
significativamente a qualidade ambiental da bacia. O objetivo deste estudo foi
realizar um diagnóstico físico conservacionista da bacia hidrográfica do ribeirão
Jerusalém, por meio da aplicabilidade de Sistemas de Informações Geográficas
(SIG) caracterizando alguns aspectos morfométricos, do uso da terra e de
estimativas da perda de solo, principalmente nas Áreas de Preservação
Permanente (APP). O total da área destinada às APP na BHRJ é de 29,88 km²,
que representa 43,99% da área da bacia, contudo 84,2% dessa área apresenta
uso conflitante. Assim é necessária a recomposição de 25,44 km². Entre as
categorias de APP, a maior redução em área de vegetação nativa ocorreu na
APP4 (margens
é a Pastagem que ocupa 65,57% da área da BHRJ, sendo 42,18% ocorrendo
em APP. A cafeicultura representa a segunda atividade mais conflitante com
10,7% de uso indevido. As classes Edificação rural e Edificação urbana
apresentam 93% das edificações exatamente nas regiões de mata ciliar, ou
seja, em risco iminente de inundações quando de precipitações mais elevadas,
devido ao leito de inundação dos cursos hídricos. A estimativa da perda de solo
revelou que a perda média total na BHRJ foi 394.139,76 t/ano e nas APP de
139.479,84 t/ano. Entre as APP a APP1 (topo de morro) teve a maior perda
média total. Para a estimativa nas classes de uso da terra as classes Pastagem
e Cafezal foram as que maior contribuição apresentou no aporte de sedimentos
para os cursos hídricos na bacia hidrográfica do ribeirão Jerusalém. Conclui-se
que um novo modelo da gestão ambiental municipal referente às bacias
hidrográficas, especialmente para a BHRJ é necessário. A integração entre
pesquisa científica e aplicação dos instrumentos das políticas ambientais e de
recursos hídricos é uma premissa a reversão do processo de degradação
ambiental nesta bacia. A realização de ações em educação ambiental e a convergência de políticas públicas adaptáveis às condições agrárias e ambientais da região, economicamente viáveis e não predadoras dos ecossistemas locais é fundamental à integração dos proprietários rurais ao processo de recuperação florestal no Bioma da Mata Atlântica.

Palavras-chave: Mata Atlântica, Diagnóstico Físico Conservacionista, Uso da terra

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