USO DA FOTOGRAMETRIA AÉREA DIGITAL VIA IMAGENS COLETADAS POR DRONE NO INVENTÁRIO QUANTITATIVO DE UMA FLORESTA URBANA

Nome: LAÍS GONCALVES PIRES DE SOUZA

Data de publicação: 30/10/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANO RIBEIRO DE MENDONCA Orientador

Resumo: Nas áreas urbanas, as árvores desempenham um papel crucial na alteração da paisagem e do microclima local, além de promoverem o sequestro de carbono e proporcionar espaços de lazer e recreação para a população. No entanto, a inserção e a manutenção das árvores nas cidades são um desafio para a administração local, pois requer conhecimentos ambientais da região, das espécies e do local de implantação. O inventário florestal aprimorado com dados de sensoriamento remoto surge como um facilitador do planejamento urbano, acelerando o processo de inventário das árvores e consequentemente a tomada de decisão. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a acurácia da fotogrametria aérea digital (FAD) a partir de imagens coletadas por uma aeronave remotamente pilotada (RPA) na detecção de árvores e na estimação de variáveis biométricas em um inventário florestal urbano. Este foi realizado na Avenida Governador Lindemberg, localizada no município de Jerônimo Monteiro, Espírito Santo. No mesmo período do inventário de campo, imagens de alta resolução espacial foram obtidas por uma RPA de plataforma multirrotor. Em seguida, os indivíduos arbóreos foram identificados automaticamente e suas copas segmentadas a partir de dados 3D de FAD. Por fim, os valores de altura total (H), diâmetro a 1,3 m do solo (D) e diâmetro da copa (dc) das árvores foram estimados a partir de modelos de regressão ajustados com as métricas de altura da nuvem de pontos 3D. Foram inventariados 144 indivíduos. Para a validação da FAD, os erros encontrados foram de 0,32% para o MDT e de 16,23% para a altura total. Foram identificadas automaticamente 78% dos indivíduos, com o algoritmo de detecção de janela variável (wV), utilizando a nuvem de pontos como fonte de dados. Para a comparação entre os diâmetros de copa, os erros encontrados foram de 17,94%, 21,2% e 29,5% respectivamente para as comparações entre os diâmetros de copa obtidos de forma manual, por meio de imagens da FAD, com as obtidas em campo com quatro raios, oito raios e o diâmetro obtido de forma automática por meio da identificação e segmentação das copas, nas imagens da FAD. Já para os modelos de regressão, os erros obtidos respectivamente para H, D e dc foram 8,97%, 36,76% e 15,68%. Por meio do levantamento pode-se identificar de forma automática as árvores e extrair métricas tradicionais que são utilizadas para geração de modelos para obtenção de variáveis de interesse. O MDT obtido gerou um bom resultado para a obtenção da altura das árvores por meio da FAD-RPA. Para a variável diâmetro de copa, dados obtidos de forma manual com imagens da FAD, apresentaram valores considerados satisfatórios, sendo o melhor para esta variável. Além disso, modelos de regressão com as métricas tradicionais obtidas foram satisfatórias para estimação de H e dc, visto que apresentaram valores de RMSE e R² acurados. Caso diferente para o modelo de diâmetro do tronco. Concluiu-se então que a realização de um levantamento aerofotogramétrico da via urbana utilizando uma aeronave remotamente pilotada é executável e pode fornecer dados importantes para a arborização urbana.

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