MODELAGEM GEOTECNOLÓGICA DE PREDIÇÃO, PREVENÇÃO, DETECÇÃO E
COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS

Nome: ANTONIO HENRIQUE CORDEIRO RAMALHO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 18/07/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS Co-orientador
NILTON CESAR FIEDLER Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
HENRIQUE MACHADO DIAS Examinador Interno
NILTON CESAR FIEDLER Orientador
REGINALDO SERGIO PEREIRA Examinador Externo
RONIE SILVA JUVANHOL Examinador Externo
TELMA MACHADO DE OLIVEIRA PELUZIO Examinador Externo

Resumo: Os incêndios florestais são as principais ameaças ambientais, econômicas e sociais às Unidades de Conservação. Considerando o poder destrutivo desses, a
compreensão dos padrões de ocorrência e a definição de técnicas de enfrentamento, são primordiais para uma gestão de riscos eficiente. Desta forma, com a presente pesquisa objetivou-se a elaboração de um modelo de predição, prevenção, detecção e combate a incêndios florestais no Parque Nacional do Caparaó e sua zona de amortecimento a partir de ferramentas geotecnológicas. Assim, foram delimitadas as áreas de maior risco de incêndios florestais, as áreas prioritárias de construção de aceiros, os locais ótimos para torres de monitoramento e de reservatórios de água para reabastecimento dos veículos e aeronaves de combate. As variáveis utilizadas foram: uso e ocupação da terra; índice de vegetação com diferença normalizada; altitude; declividade; orientação do relevo; proximidade de estradas, de áreas consolidadas e de cursos d’água; precipitação; temperatura do ar; temperatura da superfície terrestre; umidade relativa do ar; velocidade dos ventos; e déficit hídrico. As
técnicas utilizadas foram: Lógica Fuzzy; distância euclidiana; e análise de redes. Para apoiar a modelagem de risco, procedeu-se com uma coleta de material combustível para determinação da intensidade de queima das classes de uso e ocupação da terra, que apontou a pastagem, a macega e as eucaliptocultura como as de maior risco de incêndios. Além disso, 76,70% da área de estudo é coberta pelas classes de risco de incêndios muito baixo, baixo e moderado e as classes de risco alto e muito alto concentraram-se na zona de amortecimento. As classes de prioridade de construção de aceiros foram delimitadas para proteger os recursos naturais do Parque e as áreas consolidadas na Zona de Amortecimento, resultando em 4.409,38 hectares sob as classes de prioridade alta e muito alta. Os cenários com 45 e 48 torres de monitoramento foram considerados os mais vantajosos, haja vista que permitiram uma visualização acima de 70% e custo por hectare visualizado semelhante. O melhor
resultado acerca dos reservatórios de água foi a partir de aeronaves, que demandou um total de 42 reservatórios para atender toda a necessidade. Com esses resultados pôde-se concluir que apesar de o Parque Nacional do Caparaó não apresentar riscos críticos de incêndios florestais, existe uma necessidade de medidas para evitar a propagação das chamas durante eventuais ocorrências, principalmente nas proximidades da zona de amortecimento. Assim, as áreas prioritárias para a construção de aceiros localizaram-se, majoritariamente, na zona de amortecimento. As variações de relevo da área limitam a visualização das torres, fazendo com que o número ideal seja elevado, comparado a pesquisas em áreas menos inclinadas. A implantação de reservatórios de água para apoio no combate aos incêndios por veículos terrestres não foi capaz de atender a todos os pontos de demanda, tornando, portanto, a distribuição de reservatórios para combate com aeronaves a opção mais eficiente. Por fim, concluiu-se que todas as metodologias apresentadas forneceram subsídios para a melhoria do enfrentamento aos incêndios florestais, sendo viáveis, aplicáveis, replicáveis e ajustáveis a outras áreas.

Palavras-Chave: Proteção florestal; Unidades de Conservação, Reservatórios de
água, Torres de incêndios

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