ALELOPATIA DA SAMAMBAIA Pteridium esculentum (G. FORST.) COCKAYNE EM UMA FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

Nome: KEZIA CATEIN DOS SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/02/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SUSTANIS HORN KUNZ Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
HENRIQUE MACHADO DIAS Examinador Interno
JOÃO PAULO FERNANDES ZORZANELLI Examinador Externo
KARLA MARIA PEDRA DE ABREU Examinador Externo

Resumo: O impacto das clareiras dominadas por Pteridium esculentum (G. forest.) Cockayne no retardamento da restauração ecológica é uma preocupação mundial pois áreas invadidas por essa samambaia ocorrem em milhares de quilômetros quadrados anteriormente florestados. Em unidades de conservação (UCs), como a Floresta Nacional de Pacotuba, onde há um fragmento invadido, a restauração é de grande importância pois até mesmo fragmentos pequenos em UCs podem abrigar alta diversidade biológica, sendo necessárias medidas visando aumentar o manejo para conservação dessas áreas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o banco de sementes do solo da área invadida por P. esculentum, bem como a transposição do banco de sementes da floresta na presença ou ausência de frondes da espécie. Além disso, analisar se a samambaia tem efeito alelopático sobre espécies nativas. Foram testadas as seguintes hipóteses: (i) frondes de P. esculentum influenciam negativamente a germinação das espécies do banco de sementes do solo no viveiro florestal; (ii) os aleloquímicos presentes nas frondes secas das samambaias reduzem a riqueza e número de indivíduos que germinam em campo; e (iii) maiores números de sementes de Handroanthus heptaphyllus Mattos germinam quando irrigadas com extratos de P. esculentum (G. forest.) Cockayne menos concentrado (iv). Foram realizados experimentos compreendendo a germinação do banco de sementes do solo no viveiro florestal e a transposição do banco de sementes do interior da floresta para a área, em 20 parcelas instaladas em clareiras abertas. Para os testes alelopáticos em laboratório foram utilizados extratos aquosos da espécie sobre sementes de H. heptaphyllus. A escolha da espécie se deu por apresentar grande disponibilidade de sementes viávies no viveiro florestal. Como resultado da germinação do banco de sementes em viveiro, não foram encontrados indivíduos de P. esculentum, o banco foi composto marjoritariamente por espécies das famílias Asteraceae e Melastomataceae. A transposição do banco de sementes para a área invadida
resultou na germinação e crescimento de uma única espécie, Trema micrantha, que ocupou praticamente todas as parcelas, inclusive as parcelas de tratamento controle, indicando que as sementes não foram levadas apenas com a técnica de transposição. O tempo médio de germinação e o crescimento da porção aérea dos indivíduos de H. heptaphyllus foram influenciados pelos extratos da P. esculentum, porém é necessário que mais estudos sejam realizados, a fim de compreender a ação dos aleloquímicos sobre a germinação de sementes de espécies nativas.

Palavras-Chave: invasão biológica; alelopatia; teste de germinação; recuperação de áreas invadidas; transposição; banco de sementes.

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