AS ÁREAS PRIORITÁRIAS DETERMINARAM A CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO SUDESTE DO BRASIL?

Nome: AMANDA GRILLO FRANCISCHETTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/02/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HENRIQUE MACHADO DIAS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALINY PATRICIA FLAUZINO PIRES Examinador Externo
HENRIQUE MACHADO DIAS Orientador
REUBER ALBUQUERQUE BRANDÃO Examinador Externo

Resumo: Diante da crescente perda da biodiversidade, que causa grande preocupação ambiental em todo o mundo, a principal resposta tem sido a criação de áreas protegidas. Cerca de 20,2% das Áreas Chave da Biodiversidade no mundo são cobertas por áreas protegidas, enquanto 33,9% não têm nenhum sistema de proteção. No Brasil, desde 2004, o Ministério do Meio Ambiente, através da política de Áreas Prioritárias, identifica áreas chaves para a implantação de medidas adequadas à conservação, entre elas, a criação ou ampliação de unidades de conservação. Neste contexto, o presente estudo avaliou a contribuição desta política pública de conservação para o estabelecimento de unidades de conservação na região sudeste do Brasil. Avaliei a dinâmica espacial e temporal do estabelecimento de unidades ao longo do tempo, no Sudeste, considerando as áreas prioritárias. Para isso, obtive no site do Ministério do Meio Ambiente documentos geoespacializados resultantes dos processos de identificação de áreas prioritárias realizados em 2004, 2007 e 2018, bem como arquivos geoespacializados referentes às unidades de conservação, buscados também nos sites dos órgãos ambientais dos estados. A interseção entre esses arquivos possibilitou quantificar a área de unidades criadas dentro das áreas prioritárias. Identificamos que aproximadamente 98% do território reconhecido como áreas prioritárias não recebeu implementação de UC. Esta incompatibilidade espacial entre as áreas prioritárias e as unidades da região sudeste, mostra que a contribuição da política de áreas prioritárias do MMA para o estabelecimento de UC no sudeste do Brasil é pouco relevante. Apesar do aumento no número e extensão territorial de UC durante os três períodos avaliados, elas não cobrem o território indicado para criação de UC pela política de Áreas Prioritárias para conservação.

Palavras-chave: Conservação da biodiversidade; Governança; Políticas públicas.

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