RESGATE E PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE Lecythis pisonis CAMBESS POR ESTAQUIA

Nome: VANESSA PIMENTEL BERNARDES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/08/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RODRIGO SOBREIRA ALEXANDRE Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELZIMAR DE OLIVEIRA GONÇALVES Orientador
IVAR WENDLING Orientador
TALITA MIRANDA TEIXEIRA XAVIER Examinador Externo

Resumo: A sapucaia (Lecythis pisonis Camb.) é uma espécie nativa que apresenta longo período de juvenilidade, curta viabilidade das sementes e dificuldade na coleta dos frutos, características que justificam o estudo de técnicas de propagação vegetativa, como a estaquia. Por essa razão, objetivou-se no presente estudo, avaliar a capacidade de formação de raízes em estacas caulinares, tratadas com ácido indol-3-butírico (AIB), obtidas de oito árvores de sapucaia localizadas no estado do Espírito Santo, bem como avaliar a eficiência da técnica de resgate vegetativo por galhos destacados de árvores adultas. A pesquisa foi dividida em dois experimentos, sendo que no primeiro objetivou-se avaliar o potencial de enraizamento de estacas herbáceas e semilenhosas (com folha) de 7 a 12 cm de comprimento retiradas de matrizes em fase de transição, localizadas no município de Jerônimo Monteiro, e de matrizes adultas localizadas em Cachoeiro de Itapemirim, Alegre e Linhares-ES, sendo que das matrizes desse último município, além das estacas anteriores foram confeccionadas estacas lenhosas (sem folhas). As estacas foram tratadas com AIB (0; 2000; 4000; 6000 e 8000 mg Kg-1) e seguiu delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições e 10 estacas por parcela. Após 120 dias em casa de vegetação, com sistema de irrigação, do tipo intermitente foi analisado a porcentagem de calos e sobrevivência de estacas. Os dados foram submetidos a análise de variância para verificar a diferença significativa entre as médias e se os fatores exerciam influência em alguma variável dependente. No segundo experimento avaliou-se a emissão de brotações epicórmicas em galhos destacados das matrizes adultas selecionadas para o experimento anterior. Para tanto, galhos de 60 cm de comprimento, retirados da copa da árvore, foram seccionados e levados para casa de vegetação, onde permaneceram por 60 dias. Após esse período verificou-se o número das brotações epicórmicas formadas nos galhos. Os resultados demonstraram mortalidade das estacas herbáceas e semilenhosas, porém, uma estaca herbácea retirada da matriz juvenil permaneceu viva e com folha, sendo a única com presença de raiz, e dessa mesma matriz 80,5% das estacas herbáceas tiveram a presença de calo. Observou-se 52,75% de estacas lenhosas sobreviventes oriundas das matrizes adultas. Conclui-se que a queda precoce das folhas em estacas herbáceas e semilenhosas favorece a mortalidade das mesmas, enquanto as estacas lenhosas apresentam elevado percentual de sobrevivência. As concentrações de AIB não proporcionaram efeito significativo sobre a formação de calos de estacas herbáceas juvenis e na sobrevivência de estacas lenhosas de matrizes adultas. O material vegetativo utilizado no resgate à juvenilidade mostrou-se viável para a formação de brotações, no entanto, o potencial de enraizamento desses brotos precisa ser avaliado.

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