MUDANÇA EM VOLUME, BIOMASSA E CARBONO DO FUSTE EM UMA FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DA MATA ATLÂNTICA, ES

Nome: LUCAS DUARTE CALDAS DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/04/2020
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
ADRIANO RIBEIRO DE MENDONÇA Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
RANIERI RIBEIRO PAULA Examinador Externo
GILSON FERNANDES DA SILVA Coorientador
CARLOS ROBERTO SANQUETTA Examinador Externo
ADRIANO RIBEIRO DE MENDONÇA Orientador

Resumo: Estudos sobre mudanças nas florestas permitem avaliar o comportamento das espécies quanto ao crescimento, mortalidade e ingresso, bem como as variações que ocorrem nos estoques de volume madeira, biomassa e carbono da floresta durante certo período de tempo. A quantificação desses processos nos ajuda a entender melhor o funcionamento das árvores e florestas e seu papel na prestação de serviços ecossitêmicos como a captura e armazenamento do carbono atmosférico, bem como a resposta desses ambientes frente os cenários das mudanças climáticas. Nesse contexto, as informações advindas desses estudos, fornecem subsídios para formulação de políticas públicas e ações da iniciativa privada, que tem por objetivo a conservação dos recursos naturais, recuperação de áreas degradas e mitigação dos impactos decorrentes das ações antrópicas. Este estudo teve como objetivo avaliar as mudanças nos estoques de volume, biomassa e carbono do fuste das árvores em uma Floresta Estacional Semidecidual Submontana, localizada ao sul do Estado do Espírito Santo. As análises foram realizadas utilizando-se dados de inventários contínuos, coletados em 25 parcelas permanentes de 20x50m, nos anos de 2007 e 2017. Inicialmente foi feita a caracterização da composição florística. Posteriormente foi realizada a análise fitossociológica da floresta. Foram ajustadas equações para estimar o volume, biomassa e carbono do fuste das árvores em função do diâmetro, altura das árvores e densidade básica da madeira. Para a obtenção dos dados do ajuste destas equações foram consideradas 21 espécies, representando aproximadamente 50% do índice de valor de importância (IVI). Foram selecionadas e cubadas em pé dez árvores por espécie. Também foram coletadas amostras de madeira em cinco árvores por espécie, por meio de trados de Pressler, para obtenção da densidade básica da madeira e do teor de carbono (TC) das espécies. O TC foi determinado por meio de amostra composta por espécie. De posse dos dados de inventário, equações alométricas, densidade básica e teor de carbono, foi realizada a estimação do estoque volumétrico, de biomassa e de carbono e o cálculo do ingresso, da mortalidade, dos incrementos bruto e líquido. O estoque volumétrico, de biomassa e carbono foi de 238,35 m³ ha-1, 172,01 Mg ha-1 e 74,98 Mg ha-1, respectivamente, para o ano de 2007 e 259,73 m³ ha-1, 188,14 Mg ha-1 e 83,36 Mg ha-1, respectivamente, para o ano de 2017. As taxas de ingresso para o período de 10 anos em volume, biomassa e carbono foram de 2,47%, 2,44% e 3,47%, respectivamente, enquanto as taxas de mortalidade foram de 12,87%, 12,99% e 12,49%, respectivamente. O incremento periódico líquido anual, incluindo o ingresso, para as variáveis volume, biomassa e carbono, corresponderam a 2,14 m³ ha-1 ano-1, 1,61 Mg ha-1 ano-1 e 0,84 Mg ha-1 ano-1. As espécies que apresentaram maior estoque de carbono no fuste foram Astronium concinnum, Pseudopiptadenia contorta, Anadenathera peregrina, Melicoccus oliviformis subsp. Intermedius, Goniorrhachis marginata e Astronium graveolens. Conclui-se que, apesar de ser uma floresta em estágio avançado, o aumento dos estoques de volume, biomassa e principalmente carbono, a RPPN Fazenda Boa Esperança atuou como dreno de carbono no período entre 2007 e 2017.

Palavras-chave: inventário florestal, Floresta Estacional Semidecidual Submontana, espécies florestais nativas, modelos de regressão, conservação da biodiversidade.

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