ECOFISIOLOGIA DE ESPÉCIES AMAZÔNICAS (Pilocarpus microphyllus E Euterpe oleracea) EM CENÁRIOS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Nome: GENILDA CANUTO AMARAL
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 11/02/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOÃO VITOR TOLEDO Coorientador
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Orientador
JOSÉ RICARDO MACEDO PEZZOPANE Examinador Externo
MANUEL FERNÁNDEZ MARTÍNEZ Examinador Externo
RAUL TAPIAS MARTÍN Examinador Externo

Resumo: As respostas ecofisiológicas de muitas espécies de plantas diante das mudanças climáticas previstas, ainda são desconhecidas. Um exemplo, são as espécies Pilocarpus microphyllus e no Euterpe oleracea (conhecidas popularmente como jaborandi e açaí, respectivamente). São espécies amazônicas de grande interesse comercial nacional e internacional. Neste contexto, a pesquisa foi dividida em três capítulos com os seguintes objetivos: avaliar o efeito de diferentes condições ambientais na ecofisiologia de mudas de jaborandi, combinando faixas de temperatura média do ar (T), déficit de pressão de vapor (DPV) e disponibilidade hídrica no substrato; avaliar o efeito de três cenários de mudanças climáticas na ecofisiologia de mudas jaborandi; e em mudas de açaí. Para alcançar estes objetivos foi conduzido: um estudo com mudas de jaborandi em quatro ambientes (caracterizados como: frio e úmido; quente e úmido; quente e seco; e, frio e seco) e dois estudos (um com Pilocarpus microphyllus e outro com Euterpe oleracea) em três cenários climáticos diferentes, caracterizados como: Amazônia atual; RCP4.5 (temperatura média atual da Amazônia + 2,5°C e 538 ppm de [CO2]) e RCP 8.5 (+4,5°C e 936 ppm de [CO2]). Dentro de cada cenário climático foram aplicados dois níveis de irrigação: mudas mantidas com 90% (não estressadas) e 40% (estressadas) da capacidade de retenção de água do substrato. Nos diferentes experimentos, avaliou-se variáveis: crescimento, trocas gasosas, status hídrico, fluorescência da clorofila e atividade enzimática. Os resultados obtidos mostraram que as mudas de jaborandi sob condição de restrição hídrica reduziram o crescimento. Nos ambientes com baixa temperatura, além do crescimento houve redução no rendimento quântico, aumento da fluorescência mínima e atividade enzimática. Além disso, o maior acúmulo de massa seca ocorreu nas mudas de jaborandi submetidas a condições de temperaturas mais altas. Nos estudos de mudanças climáticas tanto as mudas de jaborandi quanto as mudas de açaí reduziram o crescimento à medida que aumentou a concentração atmosférica de CO2. Para ambas as espécies, o efeito cenário RCP 8.5 foi o mais limitante, principalmente para as mudas sob estresse hídrico. Neste cenário foram observadas mudas de jaborandi e açaí com menor produção de massa seca total, indicando que os cenários de mudanças climáticas previstas impactam negativamente sobre o futuro dessas espécies amazônicas.

Palavras-chave: Açaí, alcalóides, enzimas, fotossíntese, mudas, temperatura atmosférica

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