MODELAGEM ATUAL E FUTURA DE BIOMASSA E ESTOQUES DE CARBONO ASSOCIADAS A MUDANÇAS NA COBERTURA DA TERRA NO BIOMA AMAZÔNIA

Nome: KAÍSE BARBOSA DE SOUZA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 17/02/2020
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Co-orientador
ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
TELMA MACHADO DE OLIVEIRA PELUZIO Examinador Externo
JOÃO VITOR TOLEDO Examinador Externo
JÉFERSON LUIZ FERRARI Examinador Externo
HENRIQUE MACHADO DIAS Examinador Interno
ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS Orientador

Resumo: O bioma Amazônia destaca-se por conter grande biodiversidade e influência sobre o clima regional e global, pois o mesmo constitui estoques de biomassa e carbono. Entretanto, estes estoques estão em riscos devido a alterações na cobertura da terra impulsionadas por atividades antrópicas. Objetivou-se com o presente estudo modelar a distribuição espacial de Biomassa Acima do Solo (BAS) e estoques de carbono atual e futuro associadas a mudanças da cobertura da terra no bioma Amazônia. Neste contexto, esta pesquisa foi dividida em duas etapas. A primeira etapa refere-se à análise da dinâmica do uso e cobertura da terra ao longo do tempo por meio da modelagem espacial e projeção de cenário futuro para o bioma Amazônia realizada no módulo Land Change Modeler (LCM). Esta análise foi fundamentada em dados da cobertura da terra provenientes do projeto MapBiomas para os anos 1985, 2014 e 2017 e associados a variáveis explanatórias socioeconômicas baseadas no teste Cramer-V. A segunda etapa refere-se à distribuição espacial da BAS e estoques de carbono atual e futuro (2044) por fitofisionomias associadas a mudanças da cobertura da terra. A distribuição espacial da BAS foi realizada por meio de técnicas geoestatísticas utilizando como variável principal parcelas amostrais de biomassa e como variáveis auxiliares, a vegetação nativa e a precipitação pluviométrica média anual. A partir da BAS foi calculada os estoques de carbono assumindo que 1 Megagrama (Mg) de biomassa seca equivale a 0,485 Mg C. As informações do mapeamento demostraram que a classe Formação Florestal ocupava 3.844.800,75 km2 (91,20%) em 1985 e, em 2014, houve redução para 3.452.129,25 km2 (81,89%). A classe pastagem apresentava uma área de 71.046,50 km2 (1,69%) e, em 2014, houve um aumento expressivo para 437.670,00 km2 (10,38%). O uso e cobertura da terra para 2044 aponta para um cenário em que a classe Pastagem passará a ocupar uma área de 18,36% (773.907,00 km2) enquanto que a Formação Florestal irá ocupar 73,91% (3.115.892,25 km2). O estoque total de BAS armazenada na vegetação natural em 1985 foi de 112,67 Petagrama (Pg), em 2017 representou um estoque de 99,04 Pg e, em 2044 apresentará um estoque 90,09 Pg. Em referência ao estoque total de carbono provenientes da BAS, em 1985 apresentou 54,64 Pg C, em 2017, 48,03 Pg C e em 2044, haverá redução resultando em um estoque de 43,69 Pg C. A redução da biomassa total e estoques de carbono em 2017 e 2044 foi e será, respectivamente, impulsionada pelo desmatamento, principalmente em função da expansão de terras agrícolas. As simulações previstas neste trabalho constituem-se em um importante instrumento que podem fornecer subsídios para o planejamento da ocupação territorial na região e implementação de políticas púbicas que visem a elaboração e implementação de projetos Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD), e apoiar os aos cálculos de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). A proposta metodológica pode ser adaptada para outros biomas.

Palavras-chave: Uso do solo, desmatamento, florestas tropicais, simulação, análise espacial.

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