CICLAGEM DE NUTRIENTES EM DIFERENTES CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS EM TRECHO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
Nome: KALLIL CHAVES CASTRO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 22/08/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA | Orientador |
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE | Co-orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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TIAGO DE OLIVEIRA GODINHO | Examinador Externo |
MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA | Orientador |
MARCOS GERVÁSIO PEREIRA | Examinador Externo |
HENRIQUE MACHADO DIAS | Examinador Interno |
DIEGO LANG BURAK | Examinador Externo |
Resumo: Em geral, o solo recebe diversas influências durante o processo de intemperismo:clima, organismos, relevo e material de origem, que ao longo do tempo constituemfatores marcantes na formação. Sua interação com a vegetação e com o clima, e como esses fatores contribuem para a ciclagem de nutrientes dão margem para pesquisas ainda mais elucidativas. Desta forma, este trabalho teve como objetivos investigar a formação dos solos, a dinâmica da ciclagem de nutrientes e a relação no sistema solo planta, por meio da atividade microbiana. O estudo foi realizado em um trecho de Floresta Ombrófila Densa Montada localizada no Parque Nacional do Caparaó, ES. Para a classificação dos solos, foi realizada abertura de trincheiras em sete parcelas implantadas na área de estudos, e para cada trincheira foram realizadas análises morfológicas, físicas e químicas, com descrição dos perfis e posterior classificação dos mesmo segundo o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos. Também foi estudada a atividade microbiológica na camada superficial
dos solos, por meio da atividade enzimática (Urease, β-glucosidade e da Fosfatase), da biomassa microbiana, e dos teores de carbono e nitrogênio total da camada superficial dos solos. O estudo da ciclagem de nutrientes foi feito via serapilheira e decomposição foliar. A coleta de serapilheira foi realizada mensalmente entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016 e a serapilheira depositada foi separada em fração folhas e fração outros materiais. As frações da serapilheira depositada e a serapilheira acumulada foram levadas a laboratório e as análises químicas de macronutrientes e de fibras em detergente ácido foram realizadas por estação. A serapilheira e a constante de decomposição foram correlacionadas com os dados ambientais para a área de estudos. Foram classificados seis tipos de solos diferentes, distribuídos em três classes distintas: Latossolos, Cambissolos e Organossolos. Os solos foram em sua maioria pouco profundos, de baixa fertilidade e com elevado teor de Matéria Orgânica. A produção de serapilheira se mostrou 7 semelhante ao logo dos quatro anos de estudos, porém, o acúmulo de serapilheira reduziu a partir do segundo ano. Houve redução do aporte das frações durante o outono e o inverno, e não existiu diferença sazonal para o acúmulo de biomassa. Em
relação aos teores de C, N e, P, os mesmos não tem uma sazonalidade marcantes para a fração folhas e a fração outros materiais. Maiores teores de P foram observados para a fração outros materiais. O teor de C variou na serapilheira acumulada, principalmente no inverno. O teor de polifenóis totais foram variáveis principalmente na fração folhas e as relações C:N, Polifenóis:N, Lignina:N e Lignina+Celulose:N se mostraram positivamente correlacionadas com a variação altitudinal. A atividade microbiológica nos solos se mostrou sazonal, e influenciada pela alteração altitudinal, se correlacionando fortemente com o carbono e o nitrogênio no verão e no inverno da camada superficial dos solos. Tanto a atividade microbiológica quando os teores de carbono e nitrogênio foram correlacionados principalmente com as características químicas do material vegetal aportado e acumulado na área de estudo, indicando uma relação forte entre a vegetação e a comunidade microbiológica.
Palavras-chave: Classificação dos solos, Serapilheira, Decomposição.