Paisagens modificadas pela ação antrópica como objetos para conservação e recuperação de ecossistemas

Resumo: Uma das grandes pautas das convenções e workshops internacionais sobre meio ambiente tem sido a conservação ambiental, emergindo à luz dos cenários recentes de importantes debates sobre o aquecimento global. Nesses eventos, autoridades de diversos países concordam em reduzir emissões de carbono responsáveis pelo aquecimento global por meio da restauração de paisagens fragmentadas, devolvendo, assim, aos ecossistemas a prestação de seus serviços. Ações de comprometimento para restauração dos Biomas brasileiros estão sendo definidos por Governos estaduais junto a órgãos públicos e não governamentais, prevendo ações restauradoras em extensas áreas degradadas. Com o aumento da temperatura, das graves crises hídricas e principalmente das queimadas em áreas naturais que assolam a região tropical, o êxito na restauração de áreas degradadas dependerá do entendimento completo de como os ecossistemas naturais responderão às mudanças drásticas do Antropoceno. A Floresta Atlântica brasileira representa o conjunto de distintas vegetações mais devastadas do globo, e que atualmente tem sua vulnerabilidade agravada pelo aumento de sua queima e do colapso hídrico de regiões originalmente cobertas por este domínio, como o estado do Espírito Santo. As regiões mais úmidas e de altitude no estado, por exemplo, possuem ecossistemas que estão muito vulneráveis à degradação devido aos maiores períodos de seca e, consequentemente de incêndios, que vem sendo constatado nestas regiões. Para compreender como estas mudanças impactarão as florestas tropicais, em especial a Floresta Atlântica úmida do Espírito Santo, nós propomos neste projeto conhecer a dinâmica do processo sucessional de uma área pós-incêndio, indicar espécies potenciais para compor projetos de restauração e recuperação de florestas ombrófilas densas montanas, investigar como a rebrota auxilia na resiliência de fragmentos florestais frente a distúrbios antrópicos, auxiliar na caracterização dos padrões de reprodução de espécies de plantas frente às mudanças climáticas globais e fomentar a inserção das comunidades rurais do entorno da Serra do Valentim, no Sul do Estado do Espírito Santo, em colaboração às metas de conservação local designadas nos acordos internacionais. Como impacto direto deste projeto, pretendemos subsidiar tomadas de decisões que visem o cumprimento das metas internacionais da restauração ecológica de áreas degradadas pelo fogo, como também possibilitar a compreensão das lacunas de conhecimento sobre o processo natural de resiliência de ecossistemas frente a distúrbios antrópicos.

Data de início: 02/05/2018
Prazo (meses): 24

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Aluno Mestrado TALES JUNIOR DOS SANTOS
Aluno Mestrado MÔNICA TAIRES RODRIGUES DA SILVA
Aluno Mestrado GUILHERME JOSÉ MORES
Colaborador JOÃO PAULO FERNANDES ZORZANELLI
Coordenador SUSTANIS HORN KUNZ

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