ESTUDO DAS VAZÕES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITAPEMIRIM

Nome: NATÁLIA GOMES DE SOUZA MENDES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/02/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ROBERTO AVELINO CECÍLIO Orientador
SIDNEY SARA ZANETTI Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE CÂNDIDO XAVIER Examinador Externo
GIOVANNI DE OLIVEIRA GARCIA Suplente Externo
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Examinador Interno
ROBERTO AVELINO CECÍLIO Orientador
SIDNEY SARA ZANETTI Coorientador

Resumo: MENDES, Natália Gomes de Souza. Estudo das vazões na bacia hidrográfica do rio Itapemirim. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro, ES. Orientador: Prof. Dr. Roberto Avelino Cecílio. Coorientador: Prof. Dr. Sidney Sara Zanetti.

Estudos de vazões são de grande importância para o conhecimento da disponibilidade hídrica de uma região. Dentre as causas potenciais que alteram os regimes de vazões em bacias hidrográficas, estão a variabilidade da precipitação e as modificações do uso do solo. Neste contexto, o presente trabalho teve por objetivo analisar o comportamento das vazões de cursos dáguas da bacia hidrográfica do rio Itapemirim (BHRI) e relacioná-los às mudanças ocorridas na cobertura florestal e na precipitação pluviométrica. Foram determinadas para as 11 sub-bacias da BHRI, a vazão mínima média com sete dias de duração (Q7), a vazão média anual (Qmed) e a vazão máxima anual (Qmax). Mediante a estimativa das chuvas médias mensais para a BHRI, pela interpolação Inverso da Potência da Distância ao Quadrado (IPD2), foram calculadas as precipitações mensal máxima (Pmax), mensal mínima (Pmin) e a total anual (Pa), bem como as precipitações do trimestre mais chuvoso (Ptc), do trimestre mais seco (Pts), do semestre mais chuvoso (Psc) e a do semestre mais seco (Pss). O mapeamento da cobertura florestal de mata nativa foi obtido utilizando a técnica de classificação supervisionada Máxima Verossimilhança das imagens Landsat 5. Para a análise da relação entre chuvas e vazões, no período de 1985 a 2011, em intervalos de 2 anos, e para o ano de 2014, foram realizadas associações mediante a análise de regressão, e aplicado o teste F a 5% de probabilidade. Já para a análise quantitativa da associação entre o percentual de cobertura florestal, a precipitação anual e o regime de vazões, no período de 1985 a 2011 (1987, 1991, 1995, 1999, 2003, 2007 e 2011), foi realizada por meio do ajuste de equações de regressão linear múltipla, e aplicado o teste t de Student, com 5% de probabilidade. Além disso, foi utilizada a análise de correlação parcial para verificar o efeito da floresta na variação das vazões, de modo a fixar o efeito da precipitação anual e utilizado o teste F a 5% de probabilidade. O total precipitado exerceu forte influência nas vazões das sub-bacias estudadas. Verificou-se que foram as chuvas anuais (Pa) atuaram de forma considerável para as variações das Qmed, as chuvas dos meses mais chuvosos (Pmax e Psc) para as Qmax, e as chuvas relacionadas aos eventos máximos (Pa, Psc e Ptc), que provavelmente mantiveram o escoamento mínimo dos rios nos períodos de estiagens (Q7). Desta forma, foi notória a influência das chuvas sobre o regime de vazões nas sub-bacias da BHRI, durante o período analisado. Verificou-se que a redução da floresta ocasionou aumentos na Qmed nas sub-bacias de Rive e Usina São Miguel. Além disso, o incremento da floresta influenciou no aumento da Q7 na sub-bacia de Usina Paineiras de maneira muito expressiva. O estudo permitiu a identificação de associações significativas entre floresta e vazões em algumas sub-bacias da BHRI, principalmente naquelas de grandes extensões.

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