REGENERAÇÃO NATURAL E CICLAGEM DE NUTRIENTES EM FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL DOMINADO POR FABACEAE EM ALEGRE, ES

Nome: NAIARA MACHADO NEVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SUSTANIS HORN KUNZ Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
KARLA MARIA PEDRA DE ABREU Examinador Externo
RANIERI RIBEIRO PAULA Coorientador
SUSTANIS HORN KUNZ Orientador
TIAGO DE OLIVEIRA GODINHO Examinador Externo

Resumo: Após séculos de devastação, a Floresta Atlântica foi limitada a fragmentos que variam em tamanho, forma e históricos de uso dentro de uma matriz dominada pelas atividades antrópicas. A família Fabaceae destaca-se nas formações tropicais pela sua riqueza e por funcionar como fonte primária de nitrogênio devido a fixação biológica por meio da associação com bactérias. O presente estudo teve os seguintes objetivos: 1) caracterizar a estrutura (riqueza e diversidade) da regeneração natural e indicar as mudanças que ocorrem nas espécies leguminosas em fragmento de Floresta Tropical Sazonalmente Seca (FTSS), bem como a influência do histórico de uso do solo (corte seletivo da madeira, cultivo de café e pastagem) sobre as espécies regenerantes; 2) estimar a produção de serapilheira foliar e os aportes sazonais de carbono (C), nitrogênio (N) e fósforo (P), bem como a contribuição relativa de Fabaceae arbóreas sobre esses processos. O estudo foi realizado em um fragmento de 70 hectares que compõe a Reserva Legal do Polo de Educação Ambiental do Instituto Federal do Espírito Santo, Ifes – Campus de Alegre (PEAMA), Alegre – ES. Na década de 70 tal fragmento foi perturbado por atividades tradicionais, como o corte seletivo de madeira, e continha trechos regenerado após cultivo de café e pastagem. No ano de 2013 foram instaladas 19 parcelas de 400 m2 de área (20 x 20 m) distribuídas a cada 200 m por toda área do fragmento a fim de estudar o porte arbóreo. Para o estudo da regeneração natural foram instaladas 21 parcelas (5 x 10 m). A serapilheira foi quantificada em 11 parcelas usadas no estudo do porte arbóreo, cuja abundância e dominância de Fabaceae foram representativas da área do fragmento. Com este estudo observou-se que a família Fabaceae foi representativa no extrato da regeneração do fragmento, porém em relação ao porte arbóreo houve a redução da abundância dessa família, indicando que o fragmento está em processo de mudança. Não houve influência dos históricos de uso na distribuição das espécies. Em relação a contribuição da Fabaceae no aporte dos nutrientes, observou-se que ela contribuiu de forma significativa no aporte de nitrogênio no período seco (inverno) via serapilheira. No entanto, os teores destenutriente foram baixos na camada de 0-20 cm do solo do fragmento PEAMA. Assim, conclui-se que a Fabaceae tem maior representatividade (abundância e dominância) em florestas com estágio sucessional inicial, uma vez que favorece o desenvolvimento e a permanência de espécies por meio da fixação biológica de nitrogênio e auxilia no avanço da sucessão do fragmento, sendo de grande relevância no aporte de nitrogênio via serapilheira em FTSS.
Palavras-chave: Leguminosa; Serapilheira e Floresta Atlântica.

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