CRESCIMENTO E FOTOSSÍNTESE DE EUCALIPTO: EFEITOS DA CONCENTRAÇÃO DE CO2 ATMOSFÉRICO, DEFICIÊNCIA HÍDRICA E MICROCLIMA

Nome: JOSÉ HAMILTON DE OLIVEIRA BRAGA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 14/07/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Orientador
JOSÉ RICARDO MACEDO PEZZOPANE Examinador Externo
SANDRO DAN TATAGIBA Coorientador
TALITA MIRANDA TEIXEIRA XAVIER Examinador Externo

Resumo: O eucalipto mostra sua importância ao ser a espécie florestal com maior área plantada em todo o território brasileiro, sendo essencial componente econômico para o setor florestal. Além dos benefícios financeiros, sua importância ecológica também é notória, seu plantio faz com que diminua a pressão por produtos madeireiros de florestas nativas. Este estudo buscou avaliar as trocas gasosas e o crescimento de mudas de eucalipto submetidas a combinação de diferentes concentrações de CO2, disponibilidade hídrica no solo e demandas evaporativas da atmosfera. O estudo foi realizado em casas de vegetação climatizadas, localizadas na área experimental do Departamento de Ciências Florestais e da Madeira, no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, situado no município de Jerônimo Monteiro – ES, nas coordenadas geográficas 20º 47’ 22’’ S e 41º 23’ 42’’ O. Foram dispostas, em cada ambiente, seis OTC’s (open top chambers), apresentando cada uma, quatro plantas. Os tratamentos foram submetidos a duas demandas evaporativas da atmosfera (baixa e alta demanda atmosférica), duas concentrações de CO2 (±450 e ±850 ppm) e dois manejos hídricos (50% e 100% de água disponível no solo), com seis repetições, em um período experimental de 96 dias. Ao final do experimento, realizou-se análise de crescimento das plantas através da obtenção da massa seca total, área foliar, área foliar específica, particionamento da biomassa, razão de área foliar e eficiência do uso da água de produtividade. O status hídrico das plantas, realizado ao final do período experimental, foi obtido a partir da verificação do conteúdo relativo de água nas folhas. A avaliação das trocas gasosas foi realizada a partir dos 88 dias de experimento, com medições as 8:00, 10:00, 12:00, 14:00 e 16: 00 hs para obtenção dos cursos diurno da fotossíntese, condutância estomática e transpiração. Também foram realizadas medições de trocas gasosas para ajuste de curvas A/FFFA e A/Ci, no período de 9:00 às 12:00 hs, para obtenção de parâmetros fotossintéticos e, por fim, a quantificação dos teores de pigmentos fotossintéticos. O experimento foi realizado em um delineamento inteiramente casualizado, utilizando arranjo fatorial 2x2x2. Os dados foram submetidos à análise de variância e, quando significativa, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. As mudas de eucalipto apresentaram maior quantidade de massa seca total, eficiência do uso da água de produtividade com o aumento da concentração de CO2, no microclima sob alta demanda atmosférica e com 100% de água disponível no solo. A fração de massa de raiz obteve maiores valores em altas demandas e com menor disponibilidade hídrica no solo. A fração de massa de parte aérea apresentou maiores valores sob alta demanda e maiores quantidade de água disponível no solo. Os valores de razão de área foliar foram menores sob condições de maior disponibilidade hídrica, alta concentração de CO2 e microclima de alta demanda atmosférica, denotando que estas condições são as que mais favorecem a produção de massa seca total. O conteúdo relativo de água nas folhas, foi maior em plantas nos tratamentos com 100% de água disponível no solo. O curso diurno de assimilação líquida de CO2, obteve maiores valores sob alta demanda, maior nível de água disponível e alta concentração de CO2. Pode-se observar que o tratamento sob baixa disponibilidade de água no solo em alta demanda, teve maior desempenho no crescimento e nas trocas gasosas, quando sob condições de alta concentração de CO2, em comparação ao tratamento sob baixa concentração. Os resultados de crescimento e trocas gasosas das mudas submetidas a baixa demanda mostraram-se indiferentes a altas concentrações de CO2, apresentando diferenças apenas para os diferentes níveis de água no solo.

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